Fiz um passo a passo desta cortina neste pot AQUIs
Essa cortina é mimosa e faz o maior sucesso. Já fiz muitas para vários espaços, em várias casas que já morei - ao todo foram 9 casas diferentes, a maioria alugada porque desde que me casei acompanho meu marido em suas transferências de cidade por causa do emprego. Como diz minha amiga Bertha, do Delicatto Atelier, somos esposas "seguidoras" dos maridos. Abrimos mão do nosso trabalho, família e amigos e fomos para outro Estado acompanhá-los. Ela chama isso de "vida de trecho", cada hora num lugar diferente. Mas o meu porto seguro mesmo é a minha casa, em São Paulo, porque é lá que quero viver meus últimos dias, quando Deus quiser. É lá que tenho as minhas melhores lembranças, das escolas em que estudei, da faculdade, dos meus empregos, toda minha família, onde me casei, tive minhas filhas. É lá que estão as ruas onde andei, a frondosa árvore que guarda meus segredos na esquina da casa onde fiz aulas de eucaristia, a primeira casa que morei... E é lá que moram meus amigos, gente que faz parte da minha vida desde a época de grupo escolar... E é lá que meu pensamento está toda hora, buscando fatos, gente, buscando aconchego e afeto... Ô mulher por que resolveu levantar defunto numa manhã dessas tão linda e ensolarada? Ah, esqueci, vim aqui falar da cortina.
Essa cortina é mimosa e faz o maior sucesso. Já fiz muitas para vários espaços, em várias casas que já morei - ao todo foram 9 casas diferentes, a maioria alugada porque desde que me casei acompanho meu marido em suas transferências de cidade por causa do emprego. Como diz minha amiga Bertha, do Delicatto Atelier, somos esposas "seguidoras" dos maridos. Abrimos mão do nosso trabalho, família e amigos e fomos para outro Estado acompanhá-los. Ela chama isso de "vida de trecho", cada hora num lugar diferente. Mas o meu porto seguro mesmo é a minha casa, em São Paulo, porque é lá que quero viver meus últimos dias, quando Deus quiser. É lá que tenho as minhas melhores lembranças, das escolas em que estudei, da faculdade, dos meus empregos, toda minha família, onde me casei, tive minhas filhas. É lá que estão as ruas onde andei, a frondosa árvore que guarda meus segredos na esquina da casa onde fiz aulas de eucaristia, a primeira casa que morei... E é lá que moram meus amigos, gente que faz parte da minha vida desde a época de grupo escolar... E é lá que meu pensamento está toda hora, buscando fatos, gente, buscando aconchego e afeto... Ô mulher por que resolveu levantar defunto numa manhã dessas tão linda e ensolarada? Ah, esqueci, vim aqui falar da cortina.
Morando em tanto lugar diferente nunca dava para fazer "aquela" cortina e foi daí que resolvi costurar minhas próprias coisas, gastando pouco. Esse modelo de cortina nasceu quando minha carreira de "seguidora" começou, em São José dos Campos. O apartamento era pelado, pois nem gabinete nas pias tinha e eu não ia fazer porque o apartamento era alugado. Enquanto levava minhas filhas para brincar no Parque Santos Dumont (uma com 1 ano e meio e a outra com 3), parava na porta daquelas lojas de decoração e ficava sonhando, fazendo planos, querendo tornar minha nova casinha o mais aconchegante possível. Ia nessas lojas que fazem cortinas sob encomenda e ficava lá examinando, virando o lado avesso para ver como tinha sido feito e foi lá que vi esse modelo, do tamanho da minha capacidade e tempo disponível. Encantei. Peguei a caçula no colo, dei a mão para a mais velha e voltamos rápido para casa antes que as ideias fugissem da minha atrapalhada cabecinha. Depois que cumpria toda a pauta infantil ia para as minhas criações-copiações e assim costurei por semanas a fio. A caçula acordava a cada 15 minutos e eu não perdia o rebolado, enfiava uma chupeta na boca, cantava um "tutu marambá não venha mais cá" e voltava correndo para a máquina. Nossa, como sofre uma mãe quando os filhos são tão pequenos, morando longe de ajuda e não estando ainda em idade escolar. Depois fui me empolgando e fiz sapateira, porta-isso, porta-aquilo. O minúsculo apartamento parecia uma confecção, linhas e retalhos por todo lado grudandos no carpete e elas: "mamãe, o que é isso? mamãe pra que serve isso?" Esse post tá mais parecendo o romance Éramos Seis, não acham?

