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11 de dezembro de 2014

Eu não sou uma fofa?

Basta alguém me convidar para um chá, um café, um jantar e já vou lá correr e costurar um mimo para levar. 

Sexta-feira fui convidada para um café na casa de amigas e, para cada uma, levei um gato de maçaneta - minha mais nova paixão. Estou adorando confeccionar esses gatos, gatíssimos, charmosos.
Aumentei as pernas. Pernas longas são mais charmosas alguém já me disse isso quando eu ainda era uma adolescente. Até hoje acredito nisso!!! 
Instalei uma porta de vidro fechando o ateliê (e ar-condicionado para os dias de calor), pois não quero nenhum cachorro "futricando" e babando nas minhas linhas - só entra quem for convidado!
Esse eu deixei na porta da minha vizinha de apartamento. Só ouvi aquele "ai, que lindo". Logo em seguida ela tocou aqui para agradecer. Como ela sabia que fui eu?
Estou confeccionando presentinhos para uma pessoa muito especial que, provavelmente, vamos nos encontrar  no meio do caminho quando for de férias para SP. 
 Substitui os olhinhos por pontos de lã preta. Para o bigodinho também usei lã. E ficou assim, mais seguro para os bebês.
Estou virando cobra na arte de confeccionar bichos. Em fevereiro, provavelmente, vou criar um módulo no curso só para eles, com a ajuda da minha filha caçula. Preciso empurrar a cria para o trabalho!
 O conjunto vai ser entregue assim: 
 com uma fronha de berço 
 um travesseiro e fronha para carrinho
 sachês que podem ser pendurados na porta, na janela, no berço...
 O ursinho vai assim:
 Kit de 4 saquinhos maternidade. Fiz com zíper e com visor de filó.
 Ainda, empolgada, na fabricação de presentes que agradam, fiz esse kit para ser oferecido para quem me convidar. 
Eu não sou uma fofa? Convida eu!

5 de dezembro de 2014

O Natal torna os maus um pouco melhores

E chegou dezembro com suas chuvas, com os panetones nas prateleiras dos supermercados, anunciando que já é quase Natal! Luzes enfeitando cidades, praças, fachadas das lojas... Em todo lugar há um pouco do Natal...

E eu adorava essa época iluminada, onde todos os maus se tornavam um pouco melhores, mais tolerantes (ou mais tolerados)...

Quando criança, logo que chegava dezembro eu ficava implorando para a mãe montar a árvore e o presépio. Ela dizia: "ainda não está na hora". Minha mãe montava o Presépio e só colocava o Menino Jesus na Manjedoura no dia 24. Ficávamos todos em volta, querendo mexer nos bezerrinos, nos carneirinhos - levávamos muitos pitos. E eu ficava sonhando que um dia eu também teria uma casa, uma árvore de Natal, um Presépio, um marido bom, filhos lindos, corados, educados que pedem sempre: "mamãe posso fazer isso, posso fazer aquilo?" Eu queria ser muito feliz, ter três filhas (só tive duas), vestidas com roupas de veludo vermelho, fitas no cabelo, uma mesa decorada com pequenos pinheiros e muitas comidas gostosas. Laçaronetes enfeitando enormes caixas de presentes.... Eu queria ser muito feliz. E sou, mas nunca achamos que somos muito felizes. Sempre achamos que éramos felizes num passado longínquo e quase nunca reconhecemos o quanto somos felizes no presente. 

Ai, como eu gosto de ter essas lembranças boas. Como eu gosto do Natal, onde todos os maus se tornam melhores e mais tolerantes (ou mais tolerados). 

Quando criança, morando em São Paulo, quando chegava dezembro e meu pai recebia parte do 13o. salário, íamos eu e as irmãs fazer compras (de roupas) na "cidade". Quando nos referíamos ao centro da cidade, falávamos "cidade", como se morássemos na roça. Hoje nem sei se ainda falam assim: ir à cidade ao invés de ir ao centro da cidade. Bem, acho que hoje ninguém mais vai ao centro fazer compras de roupas - vão aos shoppings centers. Gostava de ir ao centro, andar pelas ruas ensolaradas, ver os flamboyants em flor, sentir o cheiro adocicado da estação, entrar e sair das lojas ao som das músicas natalinas. As Lojas Americanas da rua Direita (centro de São Paulo) tocava essas músicas durante todo o mês de dezembro. Gostava de ficar na loja provando as colônias, os perfumes, fazendo hora para ouvir as músicas. Nenhum estabelecimento tinha ar-condicionado, tinham enormes ventiladores que, quando passávamos perto esvoaçavam nossos cabelos, uma delícia aquele vento fresco secando o suor da nuca. Eu tenho comigo todas essas lembranças que volta e meia assolam meus pensamentos, me levando de volta para casa dos pais, numa época em que eu era apenas filha, sem responsabilidades, leve. Hoje sou mãe e às vezes eu gostaria de ser apenas filha, voltar a ser criança, ter a consciência do quanto éramos felizes em nossa infância pobre de coisas,   que hoje temos aos montes e nem somos tão felizes assim por possuí-las. Depois das compras tomávamos sorvete ou lanche no Mappin (o slogan do Mappin era: "Mappin, onde há sempre o melhor, aberto todas as noites até as 22 horas!") Dez horas da noite? na minha inocência adolescência, ainda meio infantil, eu pensava: "mas quem é o louco de ficar nas ruas até as 10 da noite?" Hoje vejo crianças ficarem acordadas até de madrugada.

No dia 24 íamos à Missa do Galo, na Igreja São Judas Tadeu, que ficava a poucos quarteirões da nossa casa, no bairro  Planalto Paulista. Íamos contando as casas que tinham luzes no jardim, aquelas bolonas coloridas que acendiam verde, azul, amarela. De repente todas as cores acessas num só momento e depois iam alternando, ora a verde, ora a amarela...Em nossa casa não havia esses pisca-pisca. Antigamente o pobre era POBRE mesmo. Hoje, qualquer pobrezinho tem a casa enfeitada, embora com tudo da China, tudo descartável, dura só um Natal. Mas quem é que vai querer repetir a decoração Natalina do ano passado? Joga fora, compra outra. A minha decoração natalina é desde o meu primeiro ano de casamento. E eu adoro montar o Presépio, mas não sou tão paciente quanto a mãe, coloco logo o Menino Jesus deitadinho, mesmo porque eu  sempre viajo no Natal para ficar junto às famílias, minha e do meu marido.

E eu,  que amo o Natal e a casa enfeitada, com árvore, presépio e Menino Jesus, não terei a casa enfeitada nesse Natal. Ando triste. A cachorrinha da minha filha destrói tudo - não quero ver meu Menino Jesus com as pernas comidas, a palha da manjedoura espalhada pela casa...

Ah, não venham me dizer que é preciso educá-la. Nem filho a gente consegue educar direito! Uns dizem: "dobre uma revista e dá umas batidinhas nela para aprender". Outros dizem: "esfregue o focinho dela naquilo que estragou". E outros dizem, fale em tom bravo - eles entendem". A  bichinha não entende é nada. Dei-lhe umas chineladas (nela e na filha junto) e ninguém aprendeu nada. Destruiu os armários da cozinha, comeu o tapete da sala, o celular da filha... ai, não vou ficar aqui descrevendo as travessuras da cachorrinha, ando tão cansativa nesse assunto! Vim aqui falar do Natal. Vim aqui falar que hoje estou mais tolerante. Vim aqui falar que o Natal me torna melhor, pois nem fiquei ¨&¨*((&%%¨da vida com a aluna que faltou. Pulei da cama cedinho, adiei compromissos, queria ir na feira de flores porque, afinal, hoje é sexta-feira, dia de enfeitar a casa. Desprezei tudo, me aprontei, fiquei lá sentadinha no ateliê esperando dar 8:30. Deu 9:00. Achei estranho, liguei o computador e havia uma mensagem enviada à noite anterior, pedindo desculpas, pois havia se esquecido do nosso compromisso e não viria. 

Um dia ainda quero passar a noite de Natal na minha casa, com minhas filhas, meu marido e até a cachorrinha que já se considera da família. E por que não? O Natal torna os maus um pouco melhores, mais tolerantes (ou mais tolerados). Afinal, é Natal!



22 de novembro de 2014

Cresci

Ontem eu era tão pequenino... servia até como chaveiro. Estava AQUI nesse post.
Hoje eu cresci! Fiquei forte, corado, corajoso. Sirvo mesmo para ficar pendurado na maçaneta da porta.
Mudei a posição da cabeça, do laço...
Ontem eu era assim:
Entonces, já posso ser feito nas aulas de costuras...

Nossa, como era bigodudo!


21 de novembro de 2014

Sentindo-se querida

A Helenice, uma ex-aluna, me enviou por e-mail o molde de um gatinho fofo, lindo, para ser pendurado na maçaneta da porta. Mas só hoje consegui um tempinho para imprimir o molde e tentar fazer o gatinho. Na hora de imprimir não reparei no tamanho que saiu bem pequeno. Estava só com uma folha e acabei usando o molde pequeno mesmo. 

Costurar as voltinhas não foi uma tarefa muito fácil - foi preciso segurar bem o tecido. O ponto ficou miudinho. Não desisti. Fui adiante. Estava gostando do gatinho bem pequeno.

E ele ficou assim depois de pronto!
Pensei logo em presentear a Helenice que viria aqui no dia seguinte. Ela é uma querida!  Fiz  uma embalagem bem delicada, cortando um saquinho de filó, assim:

Prendi o filó com fita crepe na base de corte para não escorregar. Depois foi só cortar com o cortador circular seguindo as linhas, utilizando a régua própria para o cortador. Esses materiais facilitam muito na hora do corte, pois com a tesoura você corre o risco de cortar torto e, consequentemente,  costurar torto.

Fiz o saquinho em forma de envelope. Costurei uma rendinha em toda a volta, prendi com fita de cetim e ficou assim, tão fofo quanto o gatinho. Pinguei umas gotinhas de essência Trousseau, mas para fixar melhor o perfume, vai no final desse post AQU, onde a Helga (mãe de uma ex aluna e amiga) ensina. Use a essência que preferir. A Helga gosta da essência Dove, eu gosto da Trousseau porque acho que tem cheiro de coisa bonita.

Pronto. Tá aí um presente bonito que não custou nada, nadinha. Você não acha feio chegar na casa de alguém com a mão abanando? eu acho. Sempre, sempre recorro aos meus dons costurísticos nessas horas. 
Aprenda a costurar se você gosta de agradar, de agradecer, de ser gentil, de ser simpática, de ganhar dinheiro... 
O molde é esse aqui:
Faz para presentear no Natal! Faz para usar na sua casa...
... no puxador da gaveta
... deixar o banheiro (ou lavabo) cheiroso


...na porta do quarto
... na sala
... na escada, dentro dos armários de roupa, no carro...
E se você sabe costurar, mas não tem ideia do que costurar para presentear, venha aqui que eu lhe ensino a fazer presente para toda a família. Até o dia 19 de dezembro as aulas vão estar em ritmo natalino - vamos costurar só presentes. Depois desse dia entro em férias e só volto em fevereiro.

Quem não se sente querida quando ganha um mimo desses?

Eu me sinto. 

12 de novembro de 2014

Agenda

Você usa agenda?
Eu uso desde quando comecei a trabalhar como secretária. Foi um hábito que levei para a minha vida pessoal. E a cada final de ano troco por outra e guardo a antiga. Comecei a guardá-las desde quando minhas filhas nasceram, pois nelas estão todos os registros das nossas vidas, as dores, as alegrias, o que compramos, onde fomos, o que gastamos. Qualquer dia resumo tudo e publico um romance!
Capa de agenda dupla face feita em aula pela Regina

Ótima opção de presente. A Regina vai presentear algumas amigas com essas agendas. E ela vai. Garanto que vai, pois tudo o que aprende aqui reproduz em casa, traz na aula para eu ver, fica empolgada.
Todo mundo deve estar morrendo de vontade ser amiga da Regina, não está?

11 de novembro de 2014

Voglio ringraziare...

... à Kaire, que vive na Itália, 
Faz tempos me enviou pelo correio essas pequenas felicidades, expressando gratidão. Nem precisava!
São paninhos floridos, listradinhos, estampadinhos; rendas e sianinhas...
à Kaire eu quero agradecer.

Mas só hoje pude transformá-los em outras pequenas felicidades
Comprei toalhas para o lavabo. Deixei de molho com bastante água e deixei secar, pois toalhas também encolhem depois da primeira lavagem. 
Como eram vários tecidos, cortei apenas alguns. Os demais vão para outras roupas da casa. Para cada toalha cortei uma faixa de tecido com 10 de altura pela largura da toalha + 2 centímetro.
Primeiro prendi a sianinha à beirada do tecido. Dobrei uma pequena barra para dentro, deixando só as pontinhas da sianinha para ficar bem delicado, como imagino tudo que faz a Kaire.
 Para ficar mais delicado, inclui uma tira de uns dos tecidos. Costurei tudo com muito cuidado para deixar bonito o meu lavabo
E lembrar sempre da amiga Kaire!

8 de novembro de 2014

Amar é sofrer num paraíso?

OBS: Antes de iniciar, faço logo uma observação: Não é que eu não goste de animais. Não é que sou malvada. Não é que sou egoísta. É que trabalho das 8 às 18. Meu tempo livre comigo é pouco - preciso de mim! Quando estou dando aulas não acho certo deixar a cachorrinha entre as alunas, latindo, lambendo pernas - elas pagam pela aula individual, querem atenção. A cachorrinha não quer ficar sozinha. Sofro com isso. Por isso o desabafo que fiz sábado. Então vamos ao texto. Mas, por favor, não me julguem, tenho direito de ser o que sou!

Hoje o dia amanheceu nublado, escuro, anunciando chuvas. O dia estava do jeito que eu gosto. Eu estava do jeito que gosto: livre, sozinha em casa.  E eu, que sempre gostei de ser livre, hoje estou presa em casa, assumindo o papel (não por escolha) de "pet sitter". Minha caçula foi prestar o Enem, meu marido foi dar plantão no trabalho. Oba, vou passar o dia livre, ficar de camisola, de calcinha e sutiã, ficar pelada, ver tv, comer bobagem, dar uma volta no shopping aqui pertinho, mas...  

Não queríamos ter animais em casa porque, eu e meu marido, sempre primamos pela nossa liberdade. Gostamos de ir, onde e quando, nos der na telha, fecharmos a porta e voltarmos só quando Deus sabe. Sempre fomos muito aventureiros - desde quando namorávamos. Com o nascimento das filhas não deixamos de viajar, arrumava tudo num vapt-vupt - levava até penico porque a filha maior era (ainda é) muito "vomitona"" quando anda de carro. Hoje a cachorrinha da minha filha caçula herdou esse hábito. Ô sofrimento!

Daí toca o telefone - era uma amiga querida que não vejo há tempos querendo conversar. E lá vem a cachorrinha atrás abanando o rabinho pensando que a conversa era para ela. Viro de um lado e ela pula no meu colo, viro de outro ela arranha minhas pernas. Tranco a porta do quarto e ela late, arranha a porta. Apresso-me em despedir da amiga querida. Ô inferno. Não tenho sossego, saio esbravejando. 

Daí vou descarregar umas fotos no computador, organizar, arquivar... lá vem ela. Deita debaixo da mesa e dorme. Até aí nada mau. Quero sossego.
Termino o trabalho e saio de ponta de pé para não acordar a cria. Vou para a área de serviço organizar umas bagunças. Lá vem ela. Deita dentro da sua "casinha" e fica ali, meio com um olho aberto me vigiando. 
Ando para lá, ando para cá, puxo a casinha para lá, para cá até ela se irritar e começar a latir. Prendo-a. Não quero mais companhia. E olha o que ela faz por birra:
Todas as portas estão nesse estado:

Então resolvo molhar as plantas - já que não vai chover coisa nenhuma. O dia mudou como mudou meu humor. Lá vem ela se lambuzar na água dos vasos. Ô criatura!
Se toca o interfone, lá vai ela 
Descuido um segundo e lá vai ela pegar minhas costuras. Ah, não! Tudo tem que ser escondido, recolhido, guardado...
Epa, troca de turno:
Tô livre? posso sair? Só que sair com o marido como gostaria, nem pensar. Onde vamos deixar a bichinha?
Ai, eu não entendo certas escolhas. Abafa. E se você fizer um comentário dizendo para eu relaxar, que logo, logo vou me apaixonar, desista. Só tenho animal por causa da filha. Sofria vê-la correr atrás dos cachorros vira-latas, implorando por um animalzinho. 
Amar os filhos é sofrer num paraíso. Que paraíso?
O dia está mesmo abafado. Talvez chova.