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10 de janeiro de 2016

Jantar de Ano Novo

Talvez alguém aí vai perguntar: "Mas é só roupa de mesa que ensina no curso?" E eu vou responder: "Não, é porque eu adoro arrumar a mesa de refeições. Eu adoro servir!" 

O momento é de férias, de festas, tempo livre para nos dedicar às nossas casinhas, receber amigos e familiares. Então, roupa de mesa estará mais presente aqui durante as férias. 

Mas para não dizer que não falei de flores, pois eu adoro flores. - naturais -, mesmo que sejam tão efêmeras, mas me apaixono por elas enquanto estão vivas. Essas "Sempre-Vivas" decoraram a mesa de ano novo que foi aqui na casinha paulista. 
Cada um trouxe um prato, ou mais pratos. Família italiana do marido, exagerados na quantidade. Eu gosto mais de arrumar a mesa. Escolhi dois pratos simples, práticos. Marido foi ao mercado com a filha mais velha, ligou diversas vezes perguntando se era só aquilo mesmo. " Ai Dio, compre duas bandejinhas de carne moída, 2 embalagens de tomates cereja, 2 pães de forma, 2 envelopes de creme de cebola e um tender. Mas comprem flores, por favor, de preferência azuis". Marido torceu o nariz perguntando, incrédulo, se eu ia servir pão de forma com carne moída para a família dele! 

Trouxeram diversas sacolas de compras, de cerveja, de vinho e um ramalhetinho de Sempre-Vivas. 
Arrumei a mesa e, com esse tico de flores distribui nos pequenos vidrinhos. Oh!!!
Fiz jogo americano branco com rendinhas nas bordas. Achei que ficou tudo muito branco. Então coloquei jogos americanos lilás em alguns lugares por cima do branco. Ficou assim:
 Antes de anoitecer a mesa já estava vestida. Os porta guardanapos foram presentes da Amanda. 
Mas tive que deixar o "palco" e ir para os bastidores preparar hamburguinhos com a carne moída. Receita no final do post.

Assei o tender com vinho, suco de laranja e mel. Fui regando com esse caldo para que ficasse bem macio. Retirei do forno, fatiei, enfeitei com frutas em calda e coloquei na mesa. Enquanto tomava banho botei o marido para ir moldando o pão com ajuda de uma xícara de café. Tadinho.

Incluí uma travessa de frutas frescas, um jarro de flores (flores que ganhei no dia da feijoada),  o molho do tender e a minha função já estava pronta. As cunhadas trouxeram mais comida e sobremesa e mais bebidas. Parei de tirar fotos. Estava na hora de receber os convidados. Essa foi a última foto da mesa, ainda incompleta.

Adoro receber pessoas em casa. Mas cansa tanto, né?
 Receita dos hamburguinhos:

Para cada receita eu usei uma bandeja de carme moída (mais ou menos 500 gramas) e um pacote de creme de cebola (ou sopa); uma embalagem de tomate cereja e pedacinhos de queijo (qualquer tipo).
Misture a carne moída com o creme (ou sopa) de cebola, misture tudo muito bem. Se preferir inclua mais temperos. Faça bolinhas do tamanho de um brigadeiro, molde no formato de hamburguer, unte uma forma com óleo, leve ao forno em temperatura média. É bem rápido. quando estiver quase pronto, retire um a um da forma, inclua rodelinhas de pão de forma, o hamburguer, um pedacinho de queijo, meio tomate cereja e a outra parte do pão. Leve para gratinar o queijo e deixar o pão quente, mas não com o aspecto de torrada, pois esses hamburguinhos se come com uma bocada.

O pão eu moldei com uma xícara de café, mas se tiver anéis fica mais fácil. 

Fiz uma forma completa, a segunda só usei o pão na parte de baixo e espetei com palito. A terceira só usei hamburguer e tomate, pois temos uma sobrinha alérgica a quase todo tipo de alimento. As filhas prepararam a sobremesa da prima alérgica. Adorei a iniciativa delas. E a noite para ser boa, para ter união, não é preciso uma mesa bonita, comida cara. Basta abrir o coração. Ops, esqueci de dar os créditos ao marido que cortou todos os pãezinhos usando a xícara de café como molde. 

1 de janeiro de 2016

Num canto perfeito

Lá se foi 2015. Fiquei, novamente, um ano mais velha! Dia 30 fiz 57 anos!
Desaa vez não fiquei em casa fazendo quitutes, esperando que alguém viesse me dar um abraço e trazer um presente. Meu marido me levou para jantar no lugar que gosto, onde como e bebo o que gosto.
 Disfarçadamente examino os guardanapos e a barra das toalhas. Meu marido até já sabe e pergunta: "está examinando o canto mitrado, o canto perfeito?" Claro. Mas olha que, até nos restaurantes finos as costuras são meio tortas? Para manter a costura reta é preciso alinhar o tecido ao pé calcador, mirar bem ali e seguir em frente. Daí se dá um canto perfeito
Mas a noite foi perfeita. Estava frio. Estava fresco. Eu estava feliz. Meu marido feliz por estar me proporcionando momentos felizes, me levando para jantar num canto perfeito. 

Um feliz 2016 para todas vocês, costureiras que tanto adoram um canto perfeito.

30 de dezembro de 2015

Novas alegrias

Como eu disse no post anterior, trouxemos a cachorrinha para passar as férias aqui na casinha paulista. A bichinha tá numa felicidade que dá até inveja. Como eu não quero que faça xixi no tapetinho da área de serviço, a cada três horas alguém da casa a leva para dar uma voltinha na rua. O shopping aqui pertinho aceita cachorro e cada um que vai lá ela aproveita uma "bera". Vai abanando o rabinho e o vento levando suas enormes orelhas de beagle!. Todo mundo que passa mexe com ela, faz uma gracinha, elogia... mal sabem essas pessoas o quanto que ela teve que lutar para me conquistar, para que pudesse aceitá-la. Agora não tem mais jeito - ela já faz parte da família. E como tudo na vida tem seu bônus e ônus, ganhamos alguns ônus. Um deles é que temos que ficar meio limitados sem poder sair de casa os 4. Ela não fica sozinha. Dessa forma, tenho convidado mais pessoas para nos visitar.

Então, logo depois do Natal convidamos o Fernando e Cecília (donos do imóvel) para tomar um café da manhã conosco. Feita as apresentações, sentamos à mesa. "Oh!!" exclama o Fernando muito simpático. E eu, exibida, falo logo que toda a roupa da mesa foi feita por mim, no ateliê do Minha Primeira Costura e tudo o que eles estavam vendo eu ensinava no curso de costuras, lá em Belo Horizonte. Depois eles me enviam um e-mail agradecendo o café, elogiando a mesa... Tá vendo como é prazeroso costurar nosso próprio enxoval? Eu amo. Faço isso com o maior zêlo e carinho, sem contar que aproveito e faço propaganda do curso. Claro que não faço isso com esse intuito, mas se você quer iniciar um negócio, quer ser visto e reconhecido, seja generoso, convide pessoas, fale do seu negócio, mostre entusiasmo, presenteio-os com pequenos mimos do seu negócio. Pessoas gostam de ser mimadas, de sentir que são queridas e bem-vindas! Mas não seja falso, se não gosta, não convide, não presenteia. Ou seja, seja espontâneo e verdadeiro em tudo o que fizer na vida. 

Esses copos lindos foram presentes de uma das cunhadas no Natal. Ela sabe o quanto valorizo esse tipo de presente. Amei. São da Cecília Dale (Shopping Higienópolis). Pelo visto a manhã foi repleta de Cecílias. A minha filha, que mora no apartamento, também se chama Cecília!

Nas barras dos guardanapos eu não usei barra, inventei de desfiar. Os porta-guardanapos eu fiz um laço chanel com fitas de cetim e pérolas.

A casa estava florida. Os lisianthus que comprei nas vésperas do Natal para enfeitar a árvore e vasos ainda estavam perfeitos. Costumo comprar flores que duram mais de uma semana para que eu possa me sentir feliz por mais de uma semana.   
 À tarde veio a sogra e cunhada tomar um café. Fiz bolo de nozes e uva passa. A receita está no final do post.
 Mantive a mesma roupa da mesa e as flores - só inclui ou exclui alguma coisa do cardápio.
Como vaso usei garrafa de vinho e azeite - verdes. Os vasinhos dos lisianthus comprei na rua Tabatinguera (Sé). São vidrinhos para perfume. Custam baratíssimos e fazem um vistão na mesa.
 O sábado terminou. Veio o domingo. Novas visitas. Dessa vez fiz uma feijoada. Como arrumar a mesa? Não tinha nada meio rústico. Utulizei a mesma toalha vermelha que usei no Natal. Retirei o sousplat e nos guardanapos não usei enfeites, pois feijoada pede algo mais prático, mais simples.
Mantive os mesmos copos e taças que combinam com tudo. Coloquei a mesinha da varanda para dentro da sala e servi a feijoada. De sobremesa sorvete de frutas.
Tomei banho e fiquei na varandinha esperando. Eles vieram de Jaguariúna - cidade próxima uns 100 kms da capital paulista...
Eu e cachorrinha ficamos ali, esperando... Gosto de deixar tudo organizado, tudo pronto. Acho tão constrangedor você chegar numa casa e encontrar a anfitriã ainda de avental, aflita mexendo as panelas. Demonstre que não custou nada, nenhum sacrifício!
Chegaram. Foi uma festa. Ganhamos flores, vinho, sucos, sorrisos, abraços. Ganhamos um domingo muito agradável.
Depois veio a segunda-feira. Eu aí, de novo esperando...

Veio uma amiga tomar um café conosco. Vieram ela, marido e duas filhas. Tão bom rever pessoas queridas. Tão bom não se perder no tempo. Gosto de manter amizades, as boas. As ruins, podem ir sem deixar saudade. Eu era secretária do departamento onde ela trabalhava. Éramos grandes amigas, inseparáveis! E o tempo não varreu isso da gente. Que bom!

Mantive os mesmos jogos americanos do sábado, troquei a capa dos sousplats, dobrei os guardanapos de forma diferente. Comprei tudo pronto: coxinha, pão de queijo, baguetinha e frios. Fervi leite, fiz café, servi suco e coca. Inclui frutas frescas.
 Marido quis tirar uma foto minha antes da chegada. 
 Britanicamente eles chegaram na hora marcada!
E tudo foi novamente uma festa!

Janeiro virão as irmãs, a afilhada querida, que nunca se esquece de mim (que está lendo esse post e se achando). Mais amigas virão. Novas roupas de mesa vão aparecer por aqui. Novas alegrias vou sentir. 

Receita do bolo de nozes:

Ingredientes:

  • 4 ovos (com clara e gemas separadas)
  • 1 lata de leite condensado
  • 1 xícara (chá) fécula de batata (usei farinha de trigo mesmo)
  • 1 colher (sopa) fermento
  • 100 gramas de nozes moídas (grosseiramente) - juntei também uva-passa e diminui as nozes
  • gotinhas de essência de baunilha (ou de amêndoas)

Modo de fazer:
Bata as gemas com as gotinhas de baunilha e vai despejando o leite condensado aos poucos até formar um creme fofo e claro. Desligue a batedeira e acrescente a fécula (ou farinha de trigo), as nozes e o fermento. Misture bem. Fica meio grosso (é assim mesmo). Junte as claras em neve e misture delicadamente. Despeje a mistura numa forma (usei forma de pudim) untada e enfarinhada e leve ao forno já aquecido em 180 graus. Quando ficar moreninho retira do forno, deixa esfriar e desinforme num prato bonito para ir à mesa. Nada de levar à mesa com a forma, por favor. É muito feio!

29 de dezembro de 2015

Meu Primeiro Natal!

Quem acompanha o blog sabe que minha filha mais velha estuda e mora em São Paulo - nossa cidade natal. Eu, marido e a filha caçula moramos em Belo Horizonte, onde tenho o ateliê de costuras. Constantemente estou aqui em São Paulo dando assistência e matando saudade da minha filha. 
Nessas férias resolvemos trazer a cachorrinha também. Dessa forma, sair os 4 à noite para jantar como gostamos não dá. Ela não fica sozinha, late, arranha as portas e incomoda os vizinhos.
Sendo assim, estamos bem mais caseiros, recebendo mais visitas em casa.

Na semana que cheguei veio uma das irmãs almoçar. Em janeiro virão outras. Ela trouxe pão caseiro, trouxe torta de massa podre. Tão bom, tão bom. Naquele dia eu nem fiz o jantar! A única foto que tirei do encontro foi da sobremesa que fiz enquanto ela me ajudava numas burocracias  que não domino. A toalha vermelha foi feita para usar na Noite do Natal. Costurei aqui, num espaço que montei na área de serviço. 
Fiquei duas semanas sem o marido, cachorra e filha caçula. Ô férias boas! Nesse tempo foi só costurar, ir ao centro comprar tecido, voltar, preparar almoço para a filha, costurar, preparar a casa para receber o Natal!
Uma noite, antes do Natal, veio uma das cunhadas que mora aqui pertinho tomar um lanche. Arrumei a mesa toda bonitinha. Apaguei as luzes, eles entraram e... "oh!!!!"  Fiquei toda estufada! Sou mesmo muito deslumbrada,  e daí?
No dia seguinte acordei cedo - já era Natal! Ai, como trabalhei. Gosto de tudo organizado. Flores nos vasinhos, velas nas xicrinhas, jogos americanos duplos, guardanapos em tecidos. A Noite pedia requinte, pedia uma mesa bonita. Menino Jesus viria cear com a família unida! Muito capricho, por favor.
Enfeitei a árvores com flores naturais. Amarrei tubinhos com água nas pontas dos galhos e coloquei lisianthus brancos. Eles duram muito. Ano que vem pretendo usar cravos vermelhos em toda a árvore.
 Acendi as velas, Natal pede velas acesas, por favor.
 Vamos acender as luzes para ver melhor? Oh, que bonito!
Mesa para "as crianças" foi colocada na varanda...
Fui colocando as comidinhas que seriam servidas antes da ceia...

Frutas frescas
Tender ao molho de mel com vinho tinto... 
Damasco com queijo cotage preparados pela filha caçula. Oh!!!!! 
 Espetinhos de queijo de nozinho com tomate cereja e manjericão preparados pela filha mais velha. Oh para ela também!!!
Na falta de recipientes, usei xícaras para servir frutas secas. Não tenha medo de improvisar. Seja segura. E daí?
Cucuz.
E a mesa foi ficando completa. Marido foi colocando as bebidas... Eu numa correria doida, convidados já estavam subindo...E as filhas? Ham? Ah, as filhas estavam cuidando delas!
 Cachorrinha apareceu na sala com gorro de papai noel. Assanhada!
Tomei uns golinhos com as visitas, depois sai de fininho acender o forno - preparei salmão ao molho de alcaparras, manteiga e azeite - arroz branco para combinar. Nem foto mais eu tirei, não podia mais perder tempo com o lúdico. Marido bonzinho, toda hora oferece ajuda. Mas, meu Deus, ele é tão sem jeitinho para carregar travessas. Não, deixa que eu levo.

Quis fazer bonito na minha estreia de anfitriã natalina quando me perguntavam: "o que tenho que levar?" "oh, não, não precisa trazer nada, eu cuido de tudo!"

Falei tanto, né? o post ficou grande demais. Depois volto para contar dos encontros pós Natal.