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3 de agosto de 2016

Ver e saber olhar

Voltei às aulas com a agenda completa e a cidade de Belo Horizonte toda florida.
Deixei São Paulo com o tempo bem frio, carregado de nuvens
Voltei sozinha para cumprir a agenda das aulas porque sou mulher de palavra. O resto da família passa muito bem sem mim. Ingratos
Adoro o frio, vivo reclamando que aqui em Belo Horizonte não faz frio o suficiente para usar casaco e bota. Mas, olha, quer saber? Frio é bom mesmo quando estamos em férias, PASSEANDO, saindo para jantar fora embrulhada em lindos cachecóis. Mas lavar banheiro, lavar roupa e louça - que foi o que fiz nas férias em São Paulo - ah, nem pensar. Todo dia praguejava o frio. Nada é perfeito.

Vi ipês, abundantes em flores, em toda São Paulo. E me dá uma raiva quando ouço alguém falar que São Paulo é uma cidade feia, sem verde. Como assim? Certamente é gente que não sabe ver. Qualquer dia saio com máquina à tiracolo fotografando todas as belezas naturais que a minha querida cidade tem.

E quando chego em Belo Horizonte, o que vejo? Mais ipês. Essas fotos são da temporada passada.
 Mas tão efêmeros, basta apenas um sopro do vento para que tudo vá para o chão...

 Mas enquanto eles reinam, absolutos, nos parques e praças, aqui ou ali, que saibamos olhar para poder ver. Por favor!

17 de julho de 2016

Mamãe costurou um brinquedo!

A Patrícia foi uma daquelas alunas que, quando iniciou o curso não sabia costurar. Comprou uma máquina na primeira semana do curso e não parou mais de costurar. Ela é uma enfermeira competente, dá plantões e aulas em faculdade. Gerencia a casa; esposa dedicada, mãe presente na vida escolar da filha e costura quando tem tempo. E quando não tem, arranja. Pois quando temos vontade de fazer algo, conseguimos um tempinho. Sim, é possível. 

Ela está sempre em conexão comigo pelo WhatsApp me enviando fotos das costuras que faz. Já fez até pijamas essa mulher! 

Mas olha a genialidade: Costurou um brinquedo para a filha! 
Ela também brinca de casinha com a filha!
Existe infância mais doce do que essa?
 
Deixar de fazer algo que  "queria tanto" não combina com a falta de tempo, não é? Não é exatamente falta de tempo. É falta de vontade. Falta de foco, de objetivo. Vamos lá, mulher!

9 de julho de 2016

Paetês e um pouco de mim


Paetê é um tecido bordado com lantejoulas, ideal para roupas de festas. São usados, de preferência,  à noite. A moda atual libera para o dia. Não gosto.  Aliás, eu não gosto de roupas com brilho, que chamam a atenção. Prefiro os clássicos, os discretos, mesmo à noite acabo preferindo os tons nude, tanto nas roupas quanto nos acessórios. O brinco tenho há mais de 3 décadas. O colar comprei num brechó. Adoro fuçar esses espaços
No corte e cor do cabelo prefiro o clássico, que não fuja muito à cor natural. Mas quem tem cabelo escuro, mantê-los na mesma cor depois dos 55... Não quero dizer que uma pessoa que nasceu com cabelos escuros deva mudar sua identidade radicalmente com o passar dos anos, se tornando loiríssima. Mechas em tons de caramelo, café ou chocolate vão lhe cair muito bem. Acredite.
Eu mesma cuido do meu cabelo, retocando a raiz em casa.

Muito raramente vou ao salão de beleza fazer mechas. E quando vou, acabo deixando lá umas 12 horas daquilo que ganho dando aulas.

Ontem usei esse tecido em capas de sousplats. Sempre faço minhas capas com 2 tecidos, mas nem sempre com a intenção de usar dos dois lados. Acho mais fácil passar o elástico num túnel do que costurar o elástico na borda,  puxando ou mesmo costurar um viés e passar o elástico dentro.

 Como podem observar, aqui usei o paetê por cima. Por baixo um tecido mais simples, liso, comprado numa loja baratinha.
Faz uma sujeira cortar o paetê. Mas olha o efeito?

Não gosto de fazer capas de sousplat usando tecidinhos simples, principalmente aqueles de florzinha que imitam camisolas ou toucas de dormir. Já que na mesa terei outros panos, procuro usar tecidos que não pareçam panos.

No sousplat de baixo usei um tecido meio laminado, imitando ouro.  Os tecidos em chita só usaria se a decoração pedisse cestos de espigas de milho, flores rústicas, madeira, um certo ar camponês... 
A semana fora exaustiva, tanto para mim quanto para o marido que passou a semana viajando a trabalho. Mas, poxa, é sexta-feira...
Compro pizza! Peço ao pizzaolo apenas pré-assar a massa, colocar na minha forma de alumínio e montar com os ingredientes que escolhi. Na hora de servir, em casa, levo ao forno. Pizza feita em casa, como nos velhos tempos, quando passava as sextas-feiras preparando quitutes para o final de semana...
Mas uma vozinha grita dentro de mim que não posso deixar o excesso de trabalho roubar aquilo de melhor tenho dentro de mim: a alegria em agradar a família, esperar o marido chegar do trabalho...
Jogam-me pedras as mulheres modernas. Jogam-me pedras àquelas que gritam que os direitos e deveres são iguais. Não são. Nunca serão. E eu nem quero que sejam. Sou feliz cuidando da minha família, servindo café para o marido quando chega cansado...
 O meu trabalho é mais prazeroso do que o dele. Eu sei. Passo o dia ensinando a arte de costurar. Passo o dia com minhas alunas que são, na grande maioria, minhas amigas

Sexta pela manhã recebi uma aluna da Bélgica. Tomamos chá, estreando ao joguinho americano que acabou de fazer, encantada. (obviamente que não veio de lá especialmente aprender costuras comigo)
 Meu trabalho é mais prazeroso. Eu sei. Principalmente  naqueles momentos em que falo uma bobagem e a aluna morre de rir. Nem queiram saber o que estávamos falando!
Monto a mesa bonita só para nós dois. Sirvo petiscos - também comprados prontos. Retiro da embalagem de isopor com cuidado para não desmontar a beleza da organização dos frios
 Acendo velas
 Enfeito a mesa com flores que ganhei da aluna querida. Ela veio fazer caixas à tarde. Não disse que meu trabalho é mais prazeroso do que o dele? Aproveito uma das caixas para servir de vaso
Ele chega cansado, a filha pede para levá-la ao encontro de amigas. Resisto. Espero, como uma esposa japonesa, silenciosa e obediente...
 Sem legendas, né?

6 de julho de 2016

Passo a passo pano de prato com viés

Faz tempo não faço passo a passo aqui - coisa que fazia com frequência no início do blog. O tempo acabou ficando escasso. Passo 8 horas do dia dando aulas, com muitas alunas. O que era um passa-tempo de uma dona de casa, feliz em compartilhar o que sabia para quem pretendia iniciar no mundo das costuras, virou um ganha-pão. Uma renda que possibilita, uma das minhas filhas, a estudar e morar onde sempre sonhou.

Mas hoje venho aqui me doar um pouquinho, incentivando pessoas a costurar coisinhas lindas para as suas casinhas. Vou ensiná-las a costurar um viés num barrado de pano de prato, bem fácil e prático, sem sofrimento, utilizando o recurso da cola em bastão - uma ideia que as alunas adoram, pois tudo eu invento para facilitar o aprendizado delas. Aqui as aulas são exclusivas, individuais.
Vai precisar de panos de pratos, desses que já vêm com as duas laterais das barras feitas + reetalhos em tecido (tricoline 100% algodão sem elastano).

Vamos iniciar retirando uma das ourelas. Retire uns 2 cms, assim:
Corte um  pequeno retalho de tecido, que tenha uns de 8 cm de altura. O comprimento deve ter uns 4 cms a mais do que o pano de prato:
Agora vamos costurar esse retalho no pano de prato - naquele lado que cortamos. Costure o lado direito do tecido contra o avesso do pano de prato, assim: Capriche nessa costura que deve ser bem retinha. Retroceda no início e no final.

Depois disso, passe a ferro, assim:
 Dobre as duas laterais, assim. Utilize cola em bastão para prender o tecido antes de costurar.
Vire para o direito
Passe a ferro, acertando bem as laterais. Utilize o recurso da cola, colando a parte superior - isso vai facilitar na hora da costura.
 Prenda com alfinetes, se necessário
Agora vamos costurar um viés na parte de cima do barrado. Usei viés estreito - fica mais delicado. Prefira sempre viés que tenha 100% algodão. Os sintéticos são duros, são grosseiros e não pegam cola .

Dobre a pontinha de um dos lados do viés para dentro

Posicione o viés bem em cima da parte superior do barrado - naquela parte que ainda está sem costura e apenas com cola.

Deixe tudo certinho, pronto para ir à máquina. Continue utilizando o recurso da cola.
 Agora é só passar uma costura, iniciando pela lateral do barrado e depois sobre o viés, prendendo-o a parte de cima e de baixo do viés, como mostra a costura na foto
E se quiser introduzir um ganchinho para pendurar, costure um pedacinho do mesmo viés em uma das laterais das bainhas, assim:
Fácil, né? Presenteia a amiga querida, retribua uma gentileza quando for devolver um pratinho. Seja gentil. O mundo carece de pessoas gentis. E você é uma delas, não é?



30 de junho de 2016

Massa com alho poró

Motivada por uma bela foto de um pudim que vi no FB - uma belíssima foto de um belíssimo e deliciosíssimo pudim - larguei as cobertas da noite fria e fui para a cozinha! 

Ora, ora, estraguei meus ingredientes, ficou um mingau doce. Ficou uma porcaria e eu perdi meu precioso tempo. 

Mas domingo eu fiz uma receita que vi na internet delícia e fácil e que agradou todo mundo aqui em casa. 
A receita pedia espaguete, mas só tinha fusilli. Esse aqui:
Usei a caixa toda. Sobrou para o jantar.

Vai precisar de alho poró, manteiga, creme de leite, requeijão, queijo ralado parmesão, alho, cebola, caldo de carne e o macarrão.

Levei ao fogo, numa panela, 3 colheres (sopa) de manteiga - coloco sempre menos do que pede.
Refoguei 1 cebola batidinha com 1 dente de alho amassado. A água do macarrão já está pronta. Fervo na chaleira até apitar e transfiro para a panela. Vai mais rápido.
Adicionei um tablete de caldo de carne (frango ou legumes). Acrescentei um alho poró cortado em fatias fininhas (só a parte branca). Não coloquei sal - a manteiga era salgada e o caldo de carne já tem sal
Após murchar, acrescentei um copo de requeijão
 e uma caixinha de creme de leite - a receita pedia uma lata. Mexi tudo e desliguei a panela.
À parte cozinhei o macarrão com um fio de óleo. Cozinhei por 8 minutos como pede a receita. Se gostar mais macio, deixe mais tempo. Gosto al dente.

Escorri o macarrão e joguei na panela do refogado. Misturei bem
 Transferi para um pirex. Polvilhei queijo ralado (grosso) parmesão 
Levei ao forno para gratinar e fui preparar a mesa com esmero porque é domingo e a minha família merece. Porque a crise está brava e ultimamente só tenho feito comida em casa.

A cor eleita foi azul, como no domingo passado. Aqui quero mostrar joguinhos americanos em filó que uso por cima dos guardanapos em linho. 
Aqui uso guardanapos como jogos americanos.
Todas essas costuras eu ensino no curso, mas quase sempre deixo a mesa montada durante a semana para que as alunas possam se inspirar. Algumas me confidenciam que não sabem arrumar uma mesa, os lugares dos copos, dos talheres. Digo sempre que não há regras rígidas como ditam os livros de etiqueta. Basta fazer com prazer, com alegria. A inspiração vem junto. Eu gosto de ser dona de casa, gosto de servir. Gosto.

Uso outros guardanapos para cumprir seu papel. Uso um tom de azul mais escuro. Dentro coloco um mino em filó. Não fica um sonho?
Combina com o domingo, igualmente de céu azul
O momento merece um brinde!
Sirvo pestiscos na cestinha 
A mesa merece flores
Almoço pronto, mesa arrumada, família sentada
 Receita aprovada. Foi registrada