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28 de agosto de 2021

À espera de tudo

 Postagem escrita em junho, postada hoje, 28 de agosto de 2021

Hoje bateu saudade de ti, meu blog querido. Hoje me dei conta que faz quase 4 meses que não nos vimos. Não vou usar a desculpa "com a correria da vida", pois não foi esse o motivo, ando à toa, à toa nessa pandemia, medo de receber pessoas, medo de ir aos lugares onde gosto, comprar tecidos, dar aulas... Ah, que saudades eu tenho das minhas alunas, dos nossos encontros. Será que vou saber como ser eu novamente? Às vezes me perco um pouco de mim. Andei perdendo você, meu blog querido. Mas voltei hoje. Amanhã não sei.

Continuo na empolgação da possibilidade de mudar para a casinha de campo. Fizemos tantos planos, alguns pareciam se concretizar no dia seguinte, mas no outro, tudo na estaca zero. Estamos à espera da aprovação do projeto junto ao condomínio e depois junto à prefeitura - tanta burocracia, meu Deus. Queremos apenas uma casinha no campo, modesta, com flores na janela. Talvez o melhor teria sido optar por um local mais afastado, sem ser condomínio fechado, livre. Por questões apenas de segurança - talvez uma falsa seguranca - optamos por um condomínio cheio de regras... uma chatice, credo.

E enquanto isso...

Café ao ar livre










... enquanto isso vou curtindo os áreas comuns do condomínio, montando cestas nos gramados, em baixo das árvores, fazendo pique-niques. Vou levando a vida à espera de tudo! de tudo que sonho - sonhos pequenos, possíveis, possam ser realizados. 

Até maiss

22 de março de 2021

O vento levou - Monte Verde Fev 2021

E com toda a tecnologia que temos hoje, às vezes tenho uns rompantes de nostalgia, como por exemplo, viajar seguindo o mapa "analógico". Nada de Waze nos orientando onde devemos entrar. 

Sem nenhuma pretensão de grandes descobertas ou lugares inesquecíveis, saímos uns dias de férias, eu e marido. Seguimos pela Serra da Mantiqueira em busca de ar puro, paz e verde. (e distanciamento social)

Em meio à chuva, subimos e descemos estradinhas escondidas às margens da Serra da Mantiqueira e, diante de algumas restrições de acesso, resolvemos pegar um atalho mais seguro e pernoitar em Monte Verde.

Já era noite quando chegamos à vila completamente vazia. 

Jantamos à luz de velas...

No quarto as chamas da lareira nos aquecendo naquela noite fria. Lá fora chovia

No dia seguinte partimos...

... com as primeiras folhas do outono que o vento levou


6 de fevereiro de 2021

Assim vou levando a vida

Quase um ano em pandemia, aulas no ateliê suspensas (sei lá até quando), pois tenho medo. Já esperamos tanto, nos trancamos tanto... Nadamos até aqui e não vamos morrer na praia.
Então tenho passado muitos dias envolvida com costuras, renovando meu guarda-roupa. Ontem terminei esse conjunto, partindo do mesmo molde da legging, aumentando apenas alguns centímetros, visto que esse tecido não tem muito elastano. O molde da blusa é o mesmo de sempre. Vou modificando o decote da gola, as mangas, as barras conforme me apetece. 

Uns dias bons, outros nem tanto. E assim vou levando a vida...


27 de janeiro de 2021

62 anos! foi assim

Fiz 62 anos em meio à pandemia. Um dia antes resolvemos, só nós dois, fazer uma pequena viagem não tão distante de São Paulo, para comemorar o aniversário. Queríamos (e devíamos) optar por um lugar onde não houvesse aglomerações de gente. Sugeri a região de Penedo e Visconde de Mauá, um dos lugares que gostávamos de ir na década de 90, quando ainda namorados. 

Partimos com uma modesta bagagem no porta malas. O dia estava nublado e alguns períodos de chuva na estrada. Vou olhando o caminho, árvores floridas ao longo das marginais, vou criando cenários românticos para quando chegarmos, tipo assim: no quarto ele fecha as portas por atrás, deposita a bagagem no chão, abre os braços e o sorriso: enfim, sós... 

Mas sou interrompida pelos roncos e fumaças poluentes dos caminhões ao longo da via Dutra. (Oh, que brochante!).  Conforme íamos avançando em direção ao Vale Paraibano, o verde ia tomando conta da nossa visão. E como é verde o vale! E cada região que passo vou lembrando que tenho uma amiga-seguidora: Jacareí, São José dos Campos, Guaratingueta, Pindamonhangaba, Cruzeiro.. Para algumas mando uma mensagem: "hei, estou passando por aqui!". Vou deixando estrelinhas pelo caminho.

Chegamos em Penedo debaixo de chuva, um pouco de frio e muita neblina cobrindo os picos das montanhas. Daquela bucólica Penedo dos anos 90 nada mais restava. Por mais que buscava imagens guardadas no arquivo da memória, não conseguia encontrá-las. O que vimos foi um amontoado de pousadas, de comércio e gente debaixo daquela chuva fininha e contínua. 


Saímos daquele tumulto, pegamos uma estradinha e fomos subindo até encontrarmos uma simpática pousada coberta pelo nevoeiro da tarde. Não fizemos reservas, contamos com a sorte!
Da janela do nosso quarto observo a chuva caindo lá fora...

Tudo tão lindo... 

62 anos e ainda um pouco da pessoa que fui, sonhadora, romântica, encantada com pequenas coisas, como a chuva caindo pelo telhado num dia frio.

Mais gordos, mais velhos, mais rabugentos...

Mas a chuva continua caindo e a vida continua existindo...
Observo tudo, ambientes acolhedores...
No dia seguinte café da manhã com tudo extremamente de bom gosto, louça bonita, tudo fresquinho, vista de perder o fôlego. Valorizo demais esses detalhes. Para meus 62 anos, momentos únicos que ficam registrados no coração para sempre.
A chuva cessou, o sol raiou. Vamos passear? 
Deixamos de revisitar as belas cachoeiras da região, espalhadas entre Penedo, Itatiaia e Visconde de Mauá - todas na serra fluminense -  devido à temporada das chuvas, o que torna muito perigoso. 

Pegamos a estradinha que liga Penedo a Visconde de Mauá, parando em alguns pontos para apreciar a bela paisagem. 
Almoçamos em Maringá e ficamos perambulando por lá, visitando lojinhas de doces, artesanato e mel. Voltamos para a pousada ao entardecer, com direito a algumas aparições do arco-íris pela estrada que liga Visconde de Mauá a Penedo. 
À noite saímos para jantar no centro de Penedo para comemorar meu aniversário. Andamos tanto, mas tudo o que víamos não fazia jus à data. Marido queria um restaurante mais sofisticado, mas tinha que fazer reservas. Já cansada daquele vai e vem optamos pela pior opção. Mas tudo bem, faz parte. O almoço em Maringá,  a bela paisagem e o arco-íris,  já haviam valido a pena. 
No dia seguinte voltamos para terminar 2020 junto com as meninas dentro de uma São Paulo completamente fechada pelo lockdown.

Foi assim quando fiz 62 anos!



18 de dezembro de 2020

Lave as mãos!

Passamos o ano de 2020 sendo bombardeados por "lave as mãos, lave as mãos". Como não pensar em dar sabonetes de presentes neste Natal? 

É muito simples, barato, você faz num instante, sem sujeira. Utilizei apenas:
1 sabonete branco, guardanapos de papel para decoupage, verniz acrílico à base d'água para colar a figura (ou cola branca) e o mesmo verniz para dar o acabamento, mas poderá usar também base de unha incolor. Fiz das duas formas e ambas ficaram muito bom.

Sei que a net está cheia de vídeos ensinando como fazer, mas os meus eu fiz assim, diferente daqueles que vi, pois usei o que tinha em casa. Deu certo, tomei dois banhos com um deles e está tudo bem, mesmo porque são mimos para deixar no lavabo ou dentro de gavetas. Gostei imensamente de fazer e já espalhei alguns pelos cantos da casa.

1. Com ajuda de um lado da tesoura (ou um estilete), raspe levemente o logo do sabonete.

2. Retire as duas folhas que vêm no verso do guardanapo (alguns vêm com apenas uma folha). Recorte a figura que pretende colar, rasgando as bordas delicadamente. Passe o verniz (ou cola) na parte do sabonete onde irá colar a figura.
3. Coloque por cima a figura delicadamente e ajeite com as pontas dos dedos para não formar rugas pou bolhas.
4. Passe novamente o verniz (ou base de unha) por cima, utilizando um pincel macio. Faça isso delicadamente para não rasgar a figura (coloque pouco no pincel). Espalhe o verniz, de dentro pra fora. Espere secar e passe outra demão. 
Se for presentear, embrulhe em papel seda, coloque dentro de caixas, faça um laço bem bonito e gordinho. Também poderá colocar em sacolinhas de papel. Use a criatividade. 


17 de dezembro de 2020

Não fazer nada!


Entregando-me, sem vergonha e sem culpa,  às delícias do ócio.  Fui educada  de uma maneira que devíamos aproveitar todo o tempo para fazer algo útil, produzir, produzir. Isso equivale a trabalhar sempre, não nos dando o direito de passar um tempo sem fazer nada. Hoje sei o quanto isso é errado, pois precisamos do ócio para recarregar as baterias, aliviar a mente...

Final do mês completo 62 anos, mas o sonho de ter uma casinha no campo ainda impera todos os dias em minha vida. De tanto martelei "quero uma casa no campo, quero uma casinha no campo..." marido até convenceu que ter uma casinha no campo seria mesmo uma coisa legal. E por que não? 

E a mudança teria que que ser radical. Vendemos nosso apartamento em BH, um espaço amplo, rodeado de facilidades da vida urbana, onde montei o ateliê e, por quase 10 anos dei aulas, fiz amigas, muitas amigas. Disso vou levar muita, muita saudade. 

Estamos vivendo num apartamento menor, temporariamente, na cidade enquanto a nossa casinha de campo não fica pronta. Tivemos que abrir mão de muita coisa, como móveis grandes, por exemplo. Mas a vida é feita de escolhas, é isso OU aquilo. 

Enquanto isso, todos finais de semana vamos lá lamber a cria, caminhar pelas trilhas, respirar ar puro e, principalmente não fazer nada!

 





11 de outubro de 2020

Vamos fazer panetone? parte 1

Panetone lembra a minha juventude, solteira ainda morando na  casa dos pais. Meu cunhado trabalhava na Bauduco de modo que, em outubro os primeiros panetones começavam a fazer parte dos cafés da manhã lá de casa.

Não havia mesa posta, xícaras combinando com os pires. Aliás, acho que nem pires havia. Mas era tão gostoso comer uma fatia de panetone enquanto me arrumava para o trabalho. Naquela época eu era, das solteiras,  a mais velha e a única que tinha carro. Dava carona para todas as irmãs. E como sempre fui pontual em meus compromissos, logo cedo já começava a ameaçar em deixá-las para trás.

Acho que elas me odiavam por isso. Depois elas foram, uma a uma comprando seus carros e me libertando dessa obrigação. Todo dia aquela ladainha: "quem quiser ir comigo, que esteja pronta. Não é o motorista que deve esperar, é a carona. Se quiser!"

Hoje tenho minha própria casa, meu espaço e meus panetones, liberta de qualquer obrigação a não ser na luta por me tornar um ser humano cada dia melhor (às vezes dou lá minhas escorregadas). Mas vamos ao que interessa? A receita está no próximo post.