em São Paulo, onde ficava sentava respondendo a e-mails e agendando as aulas de costuras para quando voltasse para Belo Horizonte. Agendei aulas para 18 alunas - apenas 5 das mais antigas. Tudo estava preparado para que as aulas começassem no início de agosto, conforme o combinado. Mas precisei ficar mais tempo com a filha para ajudá-la na organização, ensiná-la a cuidar da casa, da roupa, da comida... ensinar que a casa deve sempre ter flores na mesa, mesmo quando ainda não se tem um vaso adequado (usa-se o copo do liquidificador). Então adiei o início das aulas para o dia 19 de agosto. Todas foram compreensivas, entenderam, me esperaram pacientemente.
A Bianca voltou de Belém só por causa das aulas e teve que esperar...
A Elaine - médica geriatra -, cheia de compromissos, ansiosa para voltar às costuras, esperou...
A Rúbia até fez o depósito com antecedência, sem ao menos me conhecer pessoalmente. Não era preciso, mas queria garantir a sua vaga. Chegou sorridente, com 30 minutos de antecedência, trazendo sua máquina de costuras, dessas bem bacanudas que fazem de tudo. Também não era preciso, mas pelo sim pelo não resolveu trazer a sua. Duas horas voaram entre linhas, agulhas, risos e o tac tac da máquina de costura... "paixonei com a Rúbia"!
A Rosângela logo no primeiro dia avisou que teria que se ausentar por uns dias porque faria uma cirurgia e não queria perder sua vaga. Rosângela, estou aqui torcendo para que volte logo.
E veio a Maria Luiza (aluna mais antiga) e me encontrou um tanto afobada. Durante minha ausência a filha caçula se vestiu de costureira e o ateliê ficou um chiqueiro!
E a Luciana? outra gaúcha que mora aqui pertinho da minha casa. Também nunca havia costurado antes e já saiu da primeira aula rumo à loja de máquina de costura. Bah!
Veio a Virgínia, a Cláudia, a Paula, a Fernanda, a Ana... Veio a Suzana, a Marcela, Izabela...
Todo mundo querendo costurar roupas para a sua casinha...
Já no último horário da quarta-feira veio a Carolina, se espremendo nos buraquinhos deixados pelas ausentes. Foi se espremendo até que conseguisse um horário só para ela. Está grávida e tem urgência em se tornar uma mãe-costureira.
Quase no final de semana e minhas malas ainda perambulavam pela casa...
Na quinta logo cedinho veio a Maria Eugênia. Um raio essa mulher! faz tudo rapidinho. Um dia veio na aula, no outro comprou uma máquina e hoje se tornou costureira!
A Thamis - outra aluna mais antiga - também está grávida e planeja costurar parte do enxoval para o nenê. Hoje costuramos uma fronha bem pequenina, mimosinha, de florzinha...
Já falei das 18? Ainda falta uma. Sexta-feira vou conhecer a Kelly, que ficou no lugar da Maria Eugênia, que ficou no lugar de um menino - um menino que "esqueceu" de avisar que havia desistido de aprender a costurar. Bom para a Kelly que ganhou um horário e bom para a Maria Eugênia que ficou com a sexta-feira livre.
Bom para mim que não corro mais o risco de ficar a ver navios!