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15 de janeiro de 2020

Arroz de bacalhau para um dia festivo

... para um jantar ou almoço rápidos, mas com cara de festa, nada melhor do que escolher aqueles pratos que fazem tudo numa panela só. Sou adepta desse tipo de cardápio, sem sujeira, sem estresse e mais, sem muitos gastos. Se for dispensar forno, melhor ainda, pois não esquenta a casa.
Adaptei esse arroz de bacalhau para ser feito na panela. Vai por mim, o prato é simples, barato e bate um bolão na mesa. O bacalhau pode ser daqueles vendidos em bandejinhas, mas verifique se é mesmo bacalhau.

Então capricha aí na apresentação. Vista a mesa com uma roupa bem bonita, com flores, pratos e taças. Afinal, você não teve trabalho nenhum no preparo do prato, não é? A roupa da mesa você mesma poderá fazer. Ainda não sabe costurar? Venha aqui, eu lhe ensino! Costurar suas próprias coisas, bem como cozinhar sua própria comida, é questão de independência.  Ou seria de sobrevivência?

Essa receita dá tranquilamente para 4 pessoas, mesmo quando não for servir comidinhas para o antes.  Eu, particularmente, não sou muito fã de servir esses aperitivos. Acho que eles estragam o jantar tirando o prazer de matar a fome com o prato principal. 

Ingredientes:
500 gramas de iscas de bacalhau
1 pimentão verde
3 tomates (com pele e com semente)
2 xícaras (chá) arroz cru
1 cebola picada
2 dentes de alho 
1 cenoura ralada (ralo grosso)
1/2 xícara (chá) azeite
1 xícara (chá) ervilhas congeladas
2 ovos cozidos
4 buquês de brócolis 
1/2 xícara (chá) de azeitonas pretas sem caroço, cortadas em fatias
Cheiro-verde picado para polvilhar depois de pronto.
     Se quiser acompanhamento, qualquer prato com batatas vai bem. 

Modo de fazer
Lave o bacalhau para retirar o excesso de sal, cubra com água e leve à geladeira de um dia para outro - nesse tempo troque a água de 2 a 3 vezes. Reserve a última água para cozinhar junto com o bacalhau.

Na água da última troca, cozinhe o bacalhau por cerca de uns 20 minutos até que fique macio, mas não muito molenga. Escorra o bacalhau e reserve a água para ser utilizada no preparo. Essa água deve render 4 xícaras (chá). Se faltou água, na hora do preparo, complete com água da torneira.  

Gosto de deixar tudo pré-preparado. Vê lá se vou ficar na cozinha, correndo feito doida, de touca e avental, enquanto marido se diverte na sala com os convidados, servindo bebidas. Mesmo porque, essa é uma situação que constrange as visitas, a não ser que vocês cozinhem juntos naquele espaço gourmet, em conceito aberto. Caso contrário, deixe tudo pronto com antecedência, se ausentando alguns segundos apenas para mexer a panela.

Então, umas duas horas antes dos convidados chegarem (ou um dia antes) inicie o pré-preparo, deixando para terminar meia hora antes da hora de servir. 

Pique a cebola, amasse o alho, corte os tomates em cubos, rale a cenoura, pique o brócolis e pimentão; retire os caroços das azeitonas e pique; cozinhe os ovos e só pique na hora de servir. Deixe tudo separado, inclusive o arroz e o cheiro-verde também já picado.

Aqueça uma panela média, esquente o azeite, refogue a cebola, tempere com um pouquinho de sal para acelerar o refogado. Adicione o alho, mexa por um minuto. Alho não deve passar do ponto para não amargar, pois ele é apenas para perfumar. Vá adicionando os vegetais por ordem - vai mexendo em cada adição. Primeiro a cenoura, depois o pimentão, o brócolis e o arroz. Adicione os tomates, a ervilha (congelada mesmo) e as azeitonas. Por último o bacalhau. Mexa. Desligue o fogo, tampe a panela, guarde na geladeira se for terminar no dia seguinte. Se for fazer algumas horas antes, deixe em cima do fogão. 

Depois de tudo refogado, adicione a água (4 xícaras de chá) que sobrou do bacalhau (nesse caso, fervente). Prove o sal, pois nem sempre há necessidade de colocar, já que nem todo o sal foi retirado na dessalga - e nem deve. 

Cozinhe em fogo alto com a panela meio destampada. Depois que começar a surgir os primeiros furinhos no arro,  tampe a panela, abaixe o fogo. Depois que secou, desligue. Se a panela for bonita, de barro, inox, ferro, etc., leve à mesa na própria panela. Se for feia, amassada ou encardida, transfira para uma travessa bonita, acrescente o cheiro verde e pique os ovos por cima. Finalize com um fio de azeite extra-virgem. E, para ganhar status mais de festa ainda, salpique nozes ou amêndoas torradas por cima para dar crocância. Se preferir, sirva uma salada verde antes. Vinho para acompanhar, água para não ficar bêbada e dar vexame! 
Nesse dia enfeitei a mesa com flores colhidas das jardineiras que marido plantou
Deu trabalho? Nenhum, né?

12 de janeiro de 2020

Bastou um sopro

Vamos viajar? 
Depois de tantos anos juntos, com filhos crescidos, a relação marido x mulher vai ficando meio morna. E se a gente não cuida, acaba virando parente. E marido e mulher não são parentes!  Não devem ter essa relação fraterna de irmão só porque estão ficando velhos.

Então...

Quando converso aqui nas aulas com minhas alunas - que acabam se tonando confidentes - muitas relatam esse tipo de comportamento. Conversamos, rimos, choramos, uma tentando ajudar a outra, dando conselhos. E quem sou eu para aconselhar? O rasgado aconselhando o esfarrapado. Todas nós sabemos o que não devemos e o que devemos fazer para uma relação se manter, mas quase ninguém aplica essa teoria na prática. Quando digo relação, quero dizer sexual. "... de dia a gente briga e a noite a gente se ama..." Aqui estava acontecendo a primeira opção em tempo integral. São fases, minha amiga. Quem nunca?

Depois da nossa parada em Delfim Moreira. - veja AQUI se você não leu a primeira etapa dessa curta viagem -, seguimos,  ainda meio sem rumo. Pensamos pegar uma estradinha do sul de minas e chegar até São Bento de Sapucaí, São Francisco Xavier ou mesmo Campos do Jordão - lugares onde íamos com muita frequência quando morávamos em São José dos Campos. Algumas cidades do Vale Paraibano, ao redor da Serra da Mantiqueira, são ideais para um final de semana para quem mora na capital ou região.

Mas resolvemos pegar novamente a BR-381 em direção à Camanducaia, fazer o desvio e pegar a estradinha de 30 quilômetros que liga Camanducaia a Monte Verde - nosso refúgio romântico em época de namoro. Foi para lá que fizemos nossa primeira viagem quando o namoro ainda estava no início, quando tudo era encantador, quando uma simples ida a uma cafeteria já era um grande programa. Quase sempre com uma roupa nova, pois foi naquela época que me descobri a costureira que sou hoje! Veja AQUI o que me motivou.

Abrindo um parêntese para relatar nossa primeira ida a Monte Verde:

Naquela época, a estradinha de 30 quilômetros que dá acesso à vila, ainda não era pavimentada. Chegar ao topo também era uma aventura para poucos - gente desanimada e preguiçosa desistia logo. Mas nós, como sempre fomos aventureiros (um pouco movido pelo meu espírito inquieto e irresponsável), acabávamos sempre descobrindo lindos lugarejos. Naquela época as ruas também não eram pavimentadas, poucas pousadas e cavalos que ainda circulavam pela rua central. A foto abaixo é um registro da nossa primeira viagem.

Já quase chegando à vila, encostamos o carro no canto da estrada, olhamos aquele mar de montanhas verdes, avistamos os topos das araucárias, respiramos fundo, nos olhamos e sonhamos com uma vida a dois, pois foi ali, naquele momento, que senti que aquele seria o homem da minha vida, pois eu me alegrava com qualquer instante ao seu lado. Foi ali que encontrei o meu par, a tampa da minha panela que, até então, julgava ser uma frigideira, sem tampa. Eu tinha 31 anos! Antes disso, tantos relacionamentos perturbados, tantos esses não servem, esses não quero para mim - e vice-versa. 

Já se passava do meio-dia quando chegamos à vila. O tempo estava meio nublado e, conforme fomos subindo, a temperatura caindo. Estávamos em fevereiro e as temperaturas à noite atingiam uns 10 graus que, para nosso verão são muito baixas.
Seguindo orientações do Guia Brasil, chegamos numa pousadinha linda, cravada entre araucárias de muito verde, onde charmosos chalezinhos em madeira se espalhavam pela área verde da propriedade. 
Fechando parênteses e voltando aos dias atuais...

Hoje, nessa mesma pousadinha, foram construídos muitos outros chalezinhos no espaço verde, um ao lado do outro, sem privacidade, sem encanto. A maioria das ruas da vila foi pavimentada, centenas de hotéis e pousadinhas, restaurantes, casas de café e chá. Tudo duplicado, triplicado. Para todos os lados que se olha há turistas tirando foto, procurando restaurantes - sempre procurando comida. Oxalá!

Hoje a vila se encontra assim, nesse registro de 31.12.19. A foto abaixo foi tirada logo que o dia amanheceu quando a vila ainda dormia. À noite, embora apinhada de gente, a decoração natalina nos enchia de magia e encanto, como uma vila encantada. 
Na noite do dia 30 saímos para jantar e comemorar meus 61 anos num cantinho bem acolhedor à luz de velas. Decidimos nem levar celular. Nada de registro, nada de poses exibidas de "olha como estamos felizes". Esses relatos que trago aqui no blog, seja de como ser uma dona de casa organizada, como costurar as roupas suas e de sua casa, como receber, como viver com mais alegria e criatividade gastando pouco, é para motivar pessoas que julgam não ser capazes de ter uma vida mais feliz e prática. Com pouco dinheiro (ah, tá, a diária na pousadinha custou o mesmo das luzes e corte de cabelo que fiz um dia antes), com alegria, com entusiasmo e iniciativas, é possível. Sim, é possível! Não deixe sua relação chegar ao fim, cada um virar do lado, ficar em seus celularzinhos, nesse mundo à parte. Somos um casal e vamos cavucar nossa felicidade! Vamos subir a montanha, atravessar pontes, mata-burros e riachos. Vamos chegar ao topo e dizer: estamos vivos!
Pela manhã, com as ruas desertas de carros e gente, pude ainda sentir o encanto que aquele lugar ainda guarda, aquele cheiro de fogão à lenha, ruas abundante em flores, hortênsias, beijos, margaridas, primaveras... E aquele cheiro verde de pinho...
 As temperaturas, mesmo no verão, de manhã estavam assim, com 13 graus
Mas... subindo, subindo, ainda se encontra muitas ruas sem pavimento, bucólicas e românticas... Então encontramos nosso paraíso perdido...

...  e o mesmo encantamento ainda dentro de nós, com olhos atentos, às borboletas coloridas, aos pássaros e às flores. Vamos tirar uma foto?
Conseguimos uma pousadinha de apenas um quarto e banheiro, com hidro, lençol térmico, cama confortável, pois tudo já estava ocupado, reservado com antecedência - diferente de tempos atrás, onde nessa época era considerada baixa temporada. Acredito que hoje não exista mais baixa temporada para qualquer lugar que se vá. Mas quanta gente viajando, hein? Não, não se trata apenas da classe média e alta. Nessas férias encontramos muita gente de classe C viajando, curtindo praia, indo a restaurantes, fazendo compras. Isso é maravilhoso. E por que, então,  nós, em nosso egoísmo, querendo o mundo só para gente? Sai da frente, cara, eu quero estar! Puro egoísmo, não é?

Chegamos no quarto da pousadinha meio acanhados, colocamos nossa pequena bagagem na mesinha de canto. Ah, saudades daqueles tempos quando chegávamos loucos um pelo outro e a primeira coisa que fazíamos ao entrar no quarto era arrancar nossas roupas...

Mas o amor ainda existe, a brasa só estava encoberta por cinzas, pecuinhas do dia-a-dia, brigas por causa dos filhos, por cachorro. Briguinhas que a gente vai criando sem motivo aparente, coisinhas que vão arranhando e nos distanciando. Por isso é preciso dar um basta. Vamos viajar? Foi maravilhoso. Bastou um sopro...

7 de janeiro de 2020

61 anos e uma casinha no campo

Abro os olhos e vejo apenas um pequeno facho de luz entrando pela porta do quarto. O dia ainda não amanheceu. Dei agora para acordar antes do dia clarear. E fico lá, olhando pro teto escuro. A maioria das vezes levanto bem devagar para não acordar o marido e vou pra cozinha preparar um café e olhar o dia nascer. É tão lindo esse momento, quando tudo ainda é silêncio. O dia e eu!

Mas naquela madrugada, virei-me do lado e adormeci novamente. Afinal, estava em férias. Marido num sono profundo. No quarto ao lado as duas filhas dormem mais a Bunny (cachorrinha) em sua caminha. Tão lindo isso. 

Estou em paz e feliz por estarmos os 4.  

Adormeço e perco a noção do tempo. Acordo meio confusa, pensando estar na casa de BH, mas a musiquinha do gás - um costume paulista - (pammm, hammmm, pammm, hammmmmm...) faz meu fuso horário se reiniciar. Estou mesmo em São Paulo, em férias. Estamos juntos. No dia seguinte seria meu aniversário de 61 anos. Fico a pensar nos tantos anos que já vivi, nas tantas pessoas que conheci, as que julguei amar, as que deixei pelo caminho - as que me deixaram pelo caminho -, naquelas que passaram pela minha vida e nunca mais tive notícias. Não quero nada do meu passado. Nada importa aquilo que ficou para trás. Quero o agora. Tenho menos para para viver do que já vivi.  

Começo a sentir o peso da idade. Estou envelhecendo, meus joelhos doem, vou ganhando uns quilinhos que acredito não conseguir perder nunca mais; os braços ficam mais grossos, o rosto mais largo, os cabelos mais ralos, a pele mais enrugada. Não acho isso ruim, embora sou uma mulher vaidosa, mas sei que, se envelheço é porque vivo! E viver é maravilhoso. Já não sinto mais aquela inquietação, aquela euforia de anos atrás quando jogávamos nossas malas no carro e só levava o Guia Brasil para nos orientar. Tão romântico... Hoje baixamos os aplicativos, sabemos tudo o que virá pela frente:  "a 300 metros trânsito parado... siga na direção oeste e pegue a primeira saída na rotatória". Confesso que costumo implicar com o marido que sempre, sempre liga o Waze, mesmo sabendo de cor e salteado o caminho. Ele alega que é para nos orientar sobre o trânsito. É, ele está certo. Ele tem razão, mas acho chato aquela mulherzinha interrompendo nossas conversas a todo momento. 

Então resolvemos, fazer uma pequena viagem, só nós dois, para comemorar o meu aniversário, passando uma ou duas noites fora. Queria sair sem destino (e se possível sem a mulherzinha do Waze). 

- Mas, mãe, onde vocês vão ficar? Voltam quando?

Os papéis se invertem e sou questionada pela filha mais velha. A caçula repreende a mais velha: "Ciça, deixa a mamãe!" Esse "deixa a mamãe" sei muito bem o que queria dizer "vamos ficar sozinhas!"

Pegamos a BR 381 com direção ao sul de minas. A ideia era parar um dia em Itajubá para rever a minha sobrinha, Fabíola e sua família. Eles moram agora em São José dos Campos, mas têm uma casinha de campo em Delfim Moreira - uma cidadezinha ao lado de Itajubá (MG). O difícil era chegar na casinha que fica no topo de uma colina, com vista de perder o fôlego.
E que cheiro bom de cedro, de mel, de flor, de vento, de vida... Que cheiro bom de ausência de gente desconhecida, de barulho, de carro... Cheiro de paz
O Paulinho, marido da Fabíola, combinou de nos buscar logo que chegássemos próximos à estrada de terra, com subida bem íngreme, de difícil acesso. E chegar até o pico foi preciso muita coragem, embora o trajeto não tem nem 2 quilômetros. Uns 40 minutos de subida, de pó, buraco, galhos, pedras e todo o tipo de obstáculo que só um carro robusto e um marido carinhoso, para dar conta. Eu estava adorando a aventura off-road e até cogitamos comprar, no futuro,  um gipe para nos aventurar nas capoeiras da vida, como dois malucos. Grudamos o olho no carro da frente e fomos seguindo exatamente onde as rodas iam passando e nos conduzindo. De repente uma pedrona "ai, acho que nessa eu fico, eu engasgo" Engaga não, homem, vamos... Ufa, quase chegando na porteira. Falta pouco.
Marido todo orgulhoso, se gabando por ter conseguido chegar ao topo sem se enroscar nas valetas. Não se iludam, pois esse trecho aqui é o melhor. A foto foi tirada por eles quando já estávamos entrando pela porteira, quando tudo já havia sido superado.

Por essa vista, tantas vezes subiríamos a colina, com alegria porque realmente vale a pena. 

No topo fomos abraçados por um mar de montanhas verdes, céu azul, canto de pássaros, sorrisos e muitos beijos e abraços de saudade.


Olha a cara de felicidade do marido que ganhou o boné off-road como prêmio 
E depois o dia foi dando lugar à noite... Os raios dourados do sol iam pincelando as montanhas

E o céu foi mudando de cor, devagarinho junto ao canto das cigarras e todos os bichos do mato..
... dos grilos e dos sapos...

De repente anoiteceu! O céu se encheu de estrelas. E a gente nem lembra nessas horas de fazer uma foto. Ainda bem, pois perdemos tanto tempo registrando coisas e esquecemos de registrar na memória, aproveitar o agora. 

A ideia era apenas dar uma passada por lá, tomar um vinho com eles e depois seguir viagem. Mas ficamos embriagados - não pelo vinho - mas pela beleza, pela calma e cheiro do lugar. É encantador.
Fabíola nos convida para sairmos para jantar e depois ficar para dormirmos. Queria tanto ficar mais ali que sugeri não sairmos. Ela fez um macarrão alho-óleo que adoro, tomamos vinho, comemos queijos e doces, conversamos, vimos o céu estrelado e fomos dormir todos no mesmo quarto enorme, com janelões sem cortinas (propositalmente) que dão para as montanhas quando o dia amanhece. 

E eu acordei naquela manhã me sentindo tão fresca e verde, como aquelas montanhas. 61 anos e ainda não perdi a capacidade de sonhar. Sonhar com uma casinha no campo com flores na janela!
Dalí continuamos nossa pequena viagem rumo a Monte Verde (MG), um lugar muito especial para nós dois, onde íamos desde a fase dos primeiros meses de namoro. Disso eu conto no próximo post.