Escrevi esse post, como continuidade do último postado, em setembro de 2021.
Então, ainda em férias, rodando pelas cidadezinhas do Vale do Paraíba, na serra da mantiqueira, retornamos a São Bento do Sapucaí. A ideia era nos hospedar em Santo Antônio do Pinhal - outra cidade ao redor da mantiqueira, mas devido a hora, achamos por bem ficar novamente em São Bento.
Depois de subir e descer morro, entrar e sair em pirambeiras sem nenhuma indicação de pousada, celular sem bateria e o carro não estava conseguindo fazer carregar, sei lá o porquê, nos demos conta de estarmos perdidos no meio do nada. Marido já entra em paranoia. Eu o acalmo: temos cartão de débito e carro funcionando. O resto a gente dá um jeito.
Entramos numa ruazinha que mais parecia um beco, paramos em frente à pousada sem placa, sem nada. Apenas avistamos um cachorro dormindo no gramado e uma fumacinha saindo de uma das chaminés.
"ô de casa", "ô de casa" Espera, espera. Depois aparece um rapaz dizendo que a "moça" que atende estava no banho.
Portão é aberto, entramos com o carro, cheirinho de lenha e já indago onde fica a lareira.
- Não temos lareira, não.
Eu murcho
Ah, tudo bem, só uma noite mesmo, não tem problema morrer um pouquinho de frio. Peço ao rapaz lençol, fronha e toalhas de banho, já que a cama estava arrumada com apenas um cobre-leito e capas nos travesseiros. Embora tudo estava combinando, mas de extremo mau gosto, escandaloso, o atendente grita lá de dentro que a cama já está pronta e o cobertor na prateleira. Difícil foi fazer ele entender que era necessário um lençol para usar entre o lençol de baixo e o cobertor. Vou eu lá colocar um cobertor peludo direto na pele? Foi lavado, esterelizado depois do último hóspede? Claro que não.
Recebemos um pobre joguinho de toalhas, desses bem fininhos e curtos, que mal tapava o trazeiro ao sair do banho. E pensam que a diária foi baratinha? Qual nada, mais cara do que a linda pousadinha em Monte Verde, com aquele farto café da manhã.
À noite saímos para jantar, tomamos vinho e tudo ficou esquecido. No dia seguinte o chuveiro pifa justamente com meu marido no banho. Talvez pela demora no banho, o chuveiro resolveu se vingar: pronto, já chega.
Ele só não ficou reclamando para não me deixar aborrecida, já que fui eu que escolhi aquela birosca.
Dia amanhece e nada de servir café da manhã. Não havia.
Tomamos na padaria. Colocamos nossas coisas no carro e partimos para conhecer Gonçalves, já no Estado de Minas Gerais.
Assunto para o próximo post.