Quando ainda estava em férias, em São Paulo, veio uma das minhas sobrinhas, a Fabíola, com duas da suas três filhas, passar o dia comigo e aproveitar para costurarmos.
Ela anda se aventurando nesse universo e eu dou a maior força. O que estiver ao meu alcance para ensiná-la, vou ensinar, vou ajudar, mesmo porque a Fabíola sempre foi minha amiga e companheira, embora ela tenha quase idade para ser minha filha.
Era ela que ia no banco do passageiro, quando, aos 21 anos, comecei a dirigir com medo, com muito medo. Ela era ainda muito criança e ia junto, me dando a maior força, me orientando as direções - era meu GPS - conhecia todos os caminhos. Que mãe doida era a minha irmã!!
Também foi ela a minha companhia quando comprei uma barraca e quis ir acampar no litoral norte paulista. Fomos só nós duas, do Guarujá até Ilha Bela, parando em diversas praias. Tenho fotos que comprovam todos esses fatos, mas estão guardadas numa enorme caixa e, se eu for lá fuçar, não termino esse post nem hoje e nem daqui uma semana.
Ah, outra aventura: foi com ela que me matriculei numa escola de natação. Ela aprendeu nos primeiros dias. Até hoje eu tento não me afogar!
Manuela e Rafaela. Gabriela não veio.
Costuramos uma cortina para a pia da sua casinha na roça. Ela mora em Itajubá e já se considera mineira, pois também usa o termo "roça" quando se refere a uma casinha que tem no campo. Prefiro o termo casa de campo porque gosto de imaginar uma casinha cravada no pico de uma montanha, cercada de flores, com cortininhas de pano xadrez nas janelas e na pia da cozinha. Casa de roça, para mim, passa uma ideia de uma casinha sem cuidados, sem flores e sem cortinas. Portanto, costuramos cortinas para a sua casinha de campo.
Depois da cortina fizemos uma fronha linda e cortamos um lençol. Ela ficou costurando e eu fui preparar o almoço. Lá do quarto de costuras ela grita que também quer uma mesa bem arrumada, como vê no blog.
Fiz lombo assado ao forno com molho madeira e champion; arroz, salada de alface com palmito e tomate. Arrumei a mesa, com taças para vinho, para água e para refrigerante. Coloquei guardanapos, flores e decorei com as luzinhas de led. Queria encantar as meninas.
Daí anunciei: "gente, pode vir, o almoço está na mesa!"
- Ah, que lindo, ah que lindo. Bateu palmas a pequeninha, riu a mais velha. Gargalhou a Fabíola. Gosto da sua risada, sempre pra cima, sempre divertida, otimista.Sempre calma. Gosto muito da Fabíola!
Fechei as cortinas para que notassem as luzes. Olha lá a carinha da caçula querendo falar: "vou aprontar já já"
Todo mundo sorrinduuuu!!!!
E tira foto, assim:
E tira assim:
E a caçula só rindo com sua carinha marota.
Terminada a sessão de fotos, a mãe ajeita a caçula na mesa, retira as taças, retira os copos...
A filha mais velha que é, na verdade, a filha do meio, um doce de menina, ajuda a mãe a cuidar da caçula, toda boazinha e educada, coloca o guardanapo no colo, pega a taça de água, limpa a ponta dos lábios com o guardanapo. Tudo certo até aí. Mas...
... quando viro-me para o lado esquerdo dou de cara com a caçula, na maior inocência de criança, rindo, feito bobinha... "nun falei?"
Eu pensei: "putz, ela derramou molho madeira no estofado da cadeira"! Estofado de pano!!!!
Guardei a máquina de fotos! Cenas impróprias par menores (e maiores)
E foi aquele corre-corre. Não era molho madeira. Era cocô vazando pelas fraldas!!!!
- Num falei que ia aprontar? Bostiei toda essa frescurada!
E tudo foi resolvido debaixo do chuveiro, com risos e gargalhadas
Pois essa é a Fabíola!