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31 de janeiro de 2018

Uma mulher de peito

Hoje não sou mais uma mulher de peito! Meus peitos, que me acompanharam há tantos anos, deixaram de existir - não mais em seu tamanho original. Fiz uma mamoplastia redutora (estética) semana passada. 

Depois de muito pensar, relutar, decidir, desistir... resolvi fazer a cirurgia. Estou em casa, de molho, me recuperando há uma semana. E dorme posição de defunto, e toma suco, e toma remédio, e senta, levanta.... Meço a temperatura...

Coração quase sai pela boca quando vejo o termômetro indicar 38.2. Marido grita: "é febre, é febre!". Liga pro médico e a resposta é: "vamos observar, se não passar até amanhã, traz ela aqui".

Eu, medrosa ao cubo, começo a tremer, temendo que algo tenha dado errado. Estômago enjoa, intestino solta. Corro pro banheiro e não sei o que faço primeiro! Vomito, rezo ave-maria várias vezes, me perco, começo de novo, confundo com o Pai-Nosso que estais no céu...

Marido fica preocupado. Enquanto vomito, segura minha testa, a filha busca um copo de água gelada, a caçula - tão medrosa quanto a mãe - vai buscar no google o que pode estar acontecendo com sua mãezinha. Eu, arrependida, peço ao marido que, caso eu venha no futuro querer fazer alguma plástica não permitir. "Não permita, por favor?

- Tá, não permito, mas agora passou? 
- Passou... passou - murmúrio baixinho.
- Vamos dormir.


18 de janeiro de 2018

Pintando porcelanas

Hoje ela faria 69 anos. Nos deixou há mais de 10. E, há 25 anos tenho esse aparelho de chá e café que foi seu presente em meu casamento.
Era uma das minhas irmãs mais velhas, a Dô.  
Como é o que mais uso, por sua beleza, por combinar com quase tudo, muitas das peças foram quebrando. E cada xícara que ia quebrando, meu coração ia partindo...

Semana passada dei cabo a esse sofrimento. Comprei algumas peças brancas, tinta para porcelana e fui dando cor às peças. 

Hoje montei a mesa para o café da manhã com as meninas, usando o jogo que agora voltou a estar completo
Xícaras de chá que estavam sem pires, ganharam novos
A leiteira foi substituída por essa que ganhou graciosas bolinhas. Tentei usar a mesma cor
Pintei sem nenhuma técnica
Coisa bem simples, bem rápida
O único problema é que precisa ir ao forno especial para que a pintura fixe. No mesmo lugar que comprei as porcelanas brancas (Branca Porcelana AQUI) levei para a queima. A loja também dá cursos.
 Incluí pratos de sobremesa também

Sua lembrança sempre estará em minha vida, pela pessoa que foi, pelos conselhos, pelos exemplos, pela linha família que deixou... Saudades eternas...

17 de janeiro de 2018

Passo a passo porta-guardanapo

Com as sobras dos papelões das caixas que ensino aqui no curso, faço porta-guardanapos
 Essa aula faz parte das oficinas e esse é um dos modelos que ensino. Venham aprender comigo a fazer mais. 
Uso um papelão mais grosso que, ao dobrar ele não se quebra. 
Você poderá usar também argolas para essa finalidade. O processo é o mesmo
Eu, particularmente, gosto mais de usar o papelão porque dá mais sustentação, criando um efeito mais bonito, como as argolas em ratan. A foto abaixo veio desse blog aqui
Corte uma tira no papelão de 17x4 e junte as pontas, ultrapassando uns 2 cm. Prenda com fita crepe
Corte uma tira, que pode ser uma fita já pronta ou não, com 4 cm de largura e com o comprimento suficiente para enrolar todo o anel. Gosto de usar tecido em malha porque não desfia.
Prenda a ponta com apenas uma gotinha de cola quente. Cuidado para não colocar muita cola para não criar volume. Vai enrolando, cuidando para que o papelão fique todo coberto.
Ao terminar de enrolar todo o tecido,  deixe uma ponta para embutir o galho de flores. Separei 3 galhos. 
Com um alicate cortei o excesso dos cabos e uni os 3 com fita floral. Essa fita é vendida em floras ou lojas que vendem flores artificiais. Em São Paulo gosto de comprar na Brasfama - 25 de Março, 564, mas há outras tantas na região do Mercadão. Em Belo Horizonte na Rua dos Caetés, 837 - Cerâmica Novo Horizonte, mas nem sempre encontro muita variedade e bons preços por aqui.
Prenda o pequeno buquê por baixo da ponta que sobrou e coloque mais um pouco de cola
Separe outro pedaço de tira (ou fita) para o laço. O tamanho vai depender do tipo de laço que irá fazer. Faço um laço simples para não sobressair mais do que as flores. Prenda por cima
Transpasse por baixo e finalize com o laço
E aqui está o seu lindo porta-guardanapo. Faça quantos forem necessários
Na mesa montada eles ficaram assim
Com as sobras das flores fiz um arranjo de mesa, mas você poderá usar os próprios para enfeitar a mesa em outra ocasião
Embalados para presente, que foi o caso, eles ficaram assim, junto com os jogos de 2 sousplats e guardanapos. Dei de presente para a minha afilhada no Natal. 

Não é um belo presente? Se for para venda, sucesso garantido! Eu garanto.

12 de janeiro de 2018

Quando receber se torna um fardo

Como o foco desse blog é falar de casa, de enxoval que ensino no curso de costuras - e mostro aqui todas as minhas produções - recebo, com certa frequência, dúvidas de pessoas - geralmente mocinhas recém-casadas - quanto ao que servir num encontro em casa e qual roupa de mesa usar. Algumas nunca receberam visitas, ficam inseguras, pedem a minha opinião. Adoro orientá-las e até adoraria ir em suas casas preparar o ambiente. Mas a minha resposta sempre é: receba com alegria, seja espontânea, ofereça o seu melhor, mas dentro das suas condições. Vale mais servir um café com pão, numa mesa simples, mas com alegria do que receber com tanta pompa e nada de afeto, passando aquela ideia que só está convidando para retribuir um convite. Não precisa retribuir dessa forma se você não queira, se não se sente à vontade. Retribua com aquilo que você tem de melhor: sua verdadeira amizade e carinho.
Sim, já passei por isso no início do meu casamento, onde me sentia meio "obrigada" a convidar pessoas. Sempre era um stress. Marido sempre queria se desdobrar em mil, servir infinidades de comes e bebes, por na mesa tudo o que havia na geladeira e despensa, idas e idas ao mercado...
Hoje sou liberta dessas convenções por obrigação. Só convido quem eu gosto, só sirvo o que posso, o que sei fazer. Só recebo com alegrias. E assim deve ser a vida, livre e solta. Não me importo se convido e não retribuem, pois sei que cada pessoa tem suas limitações. "O essencial é invisível aos olhos" (Exupéry)

Vou relatar aqui um episódio de anos atrás, quando nos mudamos de cidade, ávidos por novos amigos. Começamos uma amizade com um casal que tinha dois filhos no mesmo colégio das meninas. Como a amizade crescia, comecei a convidá-los para jantar em casa em algumas vezes. E toda vez que vinham, ao sair, vinha aquela promessa "olha, da próxima vez vai ser em casa". Eu não fazia questão, mas sentia que eles sim, se sentiam naquela obrigação de retribuir. 

Daí foi marcado um caldo na casa deles, mas tinha que ser numa determinada sexta-feira por causa da ajuda da faxineira (deles).

Quando chegamos já fomos conduzidos para a cozinha, com os pratos já dispostos no balcão, que a faxineira já havia arrumado. No fogão uma enorme panela do caldo que a mesma faxineira havia preparado antes de sair. Na hora é só esquentar. 

Não vejo nada de errado servir na cozinha. Não vejo nada de errado pedir ajuda. Não vejo nada de errado comprar tudo pronto. Desde que a pessoa não possua ambientes adequados, servir na cozinha ou na copa, não desmerece quem você convida. Mas não era o caso dessa família que possuía uma enorme sala de jantar,  elegantemente decorada, mesa para 10 lugares, numa elegante residência de um tal condomínio fechado, com piscina e até um bosque nos fundos. O que me incomodou foi a pressa no serviço. Tudo tão automático. Terminava uma torrada e o prato era automaticamente retirado para a lava-louça. Senti uma certa aflição da dona da casa. Entreolhei meu marido, ele me deu um toque com o olhar e tratamos de nos despedir logo após a refeição. Não queríamos causar transtornos. 

Beijinhos de despedida na porta, promessas de novos encontros e pronto. Acabou!

Contei tudo isso para mostrar o quão é desagradável uma situação dessas. Receber não deve ser uma troca, uma obrigação. Tem que ser por amor, com alegria e entusiasmo. Não precisa de flores, de pratos bonitos, de cristais e porcelanas. Precisa do seu sorriso!
Vou dar uma dica de uma das coisas a servir, sem precisar pedir ajuda (da faxineira). É a receita de uma massa bem prática, que faz o maior sucesso.

Canelone com recheio de ricota, nozes, uvas passas e molho branco (simples ou aos 4 queijos) 
Poderá comprar a massa pronta, já montada em uma forma que vá ao forno e à mesa. Ou você mesma poderá preparar o recheio e molho que fica mais em conta. 

Se você conhece uma massa de lasanha fresca, de boa qualidade, mesmo daquelas que são vendidas em supermercado, não abra mão delas. No Pão de Açúcar, em São Paulo, eu compro a massa para lasanha/canelone da marca Dona Tereza. Em Belo Horizonte compro Bella Secilia  (AQUI) - também vendida no supermercado Verde Mar. Há as prontas, já montadas. mas gosto de fazer o meio recheio, assim:

Ingredientes do recheio:
Uma ricota, 1/2 xícara (chá) de uvas-passas, 1 xícara de chá de nozes picadas 

Tempere e ricota com sal, azeite, cheiro-verde;  adicione a uva-passa e as nozes. Às vezes acrescento uma colher (sopa) de requeijão para que dê mais liga.
Coloque um pouco de recheio em cada folha de massa para lasanha e vá enrolando. Unte o fundo da travessa que irá ao forno com manteiga e disponha os rolinhos. Se a sua intenção é preparar de véspera, cubra com papel filme e leve à geladeira . Aconselho a só colocar o molho na hora que for ao forno para que ele não fique grosso demais. Já massas que levam molho vermelho não precisam preparar na hora. 
O molho é aquele tradicional bechamel, acrescido de queijo. Faço assim: Numa panela coloque 2 colheres (sopa) manteiga e um pouquinho de nós-moscada ralado na hora. Deixe derreter
Acrescente 2 colheres (sopa) de farinha de trigo e frite sem deixar queimar
Agora vá colocando o leite, aos poucos e vai mexendo vigorosamente para que não empelote. Se acontecer, bata no liquidificador. Vai quase um litro de leite. 
Até o ponto de ficar assim, liso, espesso
Depois acrescente uma caixinha de creme de leite. Se for fazer aos 4 queijos, acrescente os queijos ralados. Se preferir, divida cada rolinho em dois, como fiz aqui. Geralmente a embalagem da massa rende de 10 a 12 folhas. Portanto, uns 20 rolinhos - ideal para 4 adultos. Jogue o molho por cima da massa, espalhe queijo ralado e leve ao forno para gratinar. Aqui usei só a metade da embalagem.
Cuidado para não deixar muito tempo no forno para que o molho não seque. Calculo uma meia hora ou mais. Não fotografei depois de gratinar. A apresentação é ótima. 

Se você sabe costurar, toda a roupa da mesa você mesma faz. E se estiver procurando uma nova atividade para gerar renda, taí uma excelente oportunidade para se fazer conhecida no ramo de costuras para o lar. Mas não use isso apenas como argumento para receber pessoas queridas. O encontro não deve ser uma obrigação, um fardo!

8 de janeiro de 2018

A casa da mãe

O dia que a filha chega em casa é dia de festa! Almoço especial com os pratos que ela gosta.  
A melhor louça vai para a mesa, embora não costumo guardar nada nos armários esperando uma ocasião especial. Ocasião especial é o dia que se vive! 

Em minhas andanças por aí encontrei as taças para completar esse jogo de cristal - um dos presentes de casamento. Tenho o maior carinho por esse jogo que foi presente de uma pessoa muito querida. Hoje ele está novamente completo com suas 30 peças!
 A jarra em vidro não faz parte do jogo. Comprei recentemente no mercado central de BH. 
O cardápio do dia foi filé mignon ao forno com molho madeira e champignons, batata palha, arroz com ervilhas e salada.

Temperei a peça com sal e besuntei com manteiga. Levei ao forno embrulhada em papel alumínio por uns 40 minutos. Depois de pronto transferi para uma travessa e fatiei. Poderia servir só assim, com o próprio molho que sobrou na forma...
Mas as meninas adoram molho madeira. Fiz um e joguei por cima. A receita do molho está AQUI
Salada montada em cada prato com alface, rúcula, tomate cereja, manga e melão. A fruta é mínima.
A moleira em vidro comprei recentemente.

A mesa já estava posta quando ela chegou...


casa da mãe sempre o melhor lugar para estar.