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30 de julho de 2013

Quase morri...

...de frio, em São Paulo! Vivi temperaturas de 5 graus nas ferias! Para quem já se considera um tanto mineira, esse frio foi de rachar os ossos!

Vivo reclamando que não consigo usar minhas roupas de frio aqui onde moro - mesmo no inverno. Daí Deus foi camarada comigo: "quer frio, então aguenta!" E eu não aguentei! Só não fiquei tremendo o tempo todo porque durante minha estadia lá foi só para resolver problemas.
Depois de tudo resolvido com o apartamento foi a hora de fazer o trajeto até a faculdade onde minha filha vai estudar. Consultamos o itinerário, calculamos o tempo e, às 06:30 da manhã tomamos um ônibus, simulando o trajeto, com a intenção de chegar à universidade às 07:30! Não chegamos. Ficamos, como dizem os mineiros, agarradas no trânsito! A cada volta que o ônibus dava, uma volta em nossos planos: volta, aborta essa ideia, aluga o apartamento para outro inquilino, aluga outro para a filha, mesmo que seja um minúsculo quartinho! Fiquei aflita, vivi os problemas que minha filha - minha doce menina, ingênua, tímida, delicada - iria enfrentar. Reclamei do trânsito, do frio, do povo apressado... Reclamei, reclamei... senti falta. Senti frio e saudade dos dias claros e ensolarados de Belo Horizonte. E naquele momento que eu sofria, naquela madrugada fria, debaixo daquela garoa fina, concluí que aqui é o paraíso!

Mas o tempo era curto para cuidar de tanta coisa. Prometi à sogra que passaríamos uns dias no interior junto com ela, ficar na casinha que hoje anda fechada, rever suas coisinhas, lembrar o quanto foi feliz dentro dela cuidando dos filhos, amando o marido... E eu não tive coragem de dizer não, mesmo vivendo aquele conflito: onde vai morar a minha filha? onde conseguir, dentro de poucos dias, encontrar um lugar? embora a tia ofereceu acolhida, também ficava distante, caminhar nas ruas desertas para tomar o ônibus...

E lá fomos nós passar umas semana no interior, com a sogra, as malas, cuias e tantas preocupações e dúvidas na minha cabeça. Minha sogra, sentadinha  no banco de trás, apreciava as lavouras e a cada pé de laranja ou capim fazia um comentário, pois sabia que eu sempre apreciava essas viagens, mas na minha cabeça só cabia: a vidinha da minha filha, nada de pé de laranja, de mato, de passarinho cantando...

Mas quando cheguei lá relaxei e me misturei aos Itapolitanos, onde o único assunto é falar do tempo (e eu tinha muito a falar!). Como de costume fomos consertar coisas na casa que estava fechada. Limpa, lava, corta mato, faz compras de supermercado, faz comida, lava louca, toma sorvete... No dia seguinte tudo de novo. E a casinha da minha filha onde será? como será? o que vai ter dentro dela? será que vai conseguir se virar sozinha? Eu quase não dormia. Acordava junto com o galo  - ele lá procurando suas galinhas e eu, procurando imóvel pela internet com um sinal péssimo!

Já na volta para São Paulo decidimos que a filha deveria ficar uns tempos morando com a tia, uma semana não daria tempo de alugar, mobiliar, etc. E lá fui limpar o quarto, esvaziar gavetas, organizar... Peguei uma alergia que migrou para um resfriado e depois para uma tosse seca. Mas eu queria tanto conseguir um lugarzinho para ela perto da faculdade, chegar rápido em casa, fugir do trânsito, da chuva, do frio... se eu pudesse, naquele momento, poria a filha novamente dentro do ventre.

Era 23 de julho, aniversário do falecimento do meu sogro - devoto de Nossa Senhora Aparecida. Naquela manhã gelada, chuvinha fina como pó, o Papa rezava uma missa em Aparecida (SP). Embora eu seja católica, rezo pouco, peço pouco - marido faz com exagero! - pedi em pensamento para Ela mostrar o melhor caminho. Naquele mesmo dia fomos dar mais uma volta nas imediações da faculdade, quem sabe encontraríamos alguma coisa? Vimos um prédio muito arrumadinho com uma placa de aluga-se direto com o proprietário. Eu disse ao marido que devia ser caro, que não era para o nosso bico, mas ele insistiu e ligou. Em dois minutos de conversa combinamos de nos encontrar em frente ao prédio. Eu mesmo tossido e gemendo quis descer do carro e esperar na porta do prédio. E como é o seu nome? - pergunta o marido. Aparecida - respondia a dona, devota de Nossa Senhora Aparecida!

Depois que vimos o apartamento, todo arrumadinho e mobiliado,  constatei que realmente aquele imóvel, embora ideal, não seria mesmo para o nosso bico! Mas nunca devemos julgar as coisas pelas aparências,  não é? E não é que o valor pedido estava dentro do nosso orçamento programado? Milagre?

Queria Deus me recompensar quando deixei de cuidar da mudança da filha para passar uma semana junto à casinha da sogra? Um milagre de Nossa Senhora Aparecida? Uma coincidência? Uma interseção do meu sogro, que tanto amava a neta e devoto de Nossa Senhora? 

Respostas que eu, dentro da minha ignorância religiosa, não consigo encontrar.

11 de julho de 2013

Férias

Estou em férias, sem acesso, sem contato. Só volto no final do mês. 

Mas antes de partir deixei uma costurinha aqui bem fácil de fazer. É um painel que fiz para barrar a quantidade de sol que entra no ateliê através do blindex que dá para o terraço. 

Foram 3 painéis que costurei. Cada um tem 1,50 de largura x 2,70 de altura. Depois que retirei aos ourelas fiz bainhas em todas as laterais. Na parte de cima de cada painel fiz uma bainha de uns 5cm e introduzi uma varetinha dentro de cada bainha para ficar bem esticadinhos ao deslizar para direita ou esquerda, pois cada painel corre dentro de um trilho.

Em cada painel costurei 3 fitinhas para serem amarradas nos carrinhos dos trilhos. Para cada painel usei 3 carrinhos também. 
Por último marquei a barra, seguindo o rodapé. Deixei 10 cm de barra. Para a minha privacidade à noite fecho os painéis, mas esqueci de tirar foto com ele fechado.

Ainda falta o acabamento superior (uma faixa em sentido horizontal), que pretendo colar com velcro junto à barra do trilho, escondendo as amarras.

Comprei tudo na Decor (Rua dos Goitacazes, Belo Horizonte). O trilho de 4 metros consegui trazer dentro do carro, sozinha!!!!! O vendedor amarrou uma das pontas no espelho retrovisor direito e o restante ficou dentro do carro. Mas tenha muito cuidado nas curvas para não sair esbarrando em todo mundo, espetando motoqueiro!
É fácil, não é? não tem segredo, é só saber fazer bainhas e saber dividir por 3.

3 de julho de 2013

Lígia...

"Eu nunca sonhei com você
Nunca fui ao cinema
Não gosto de samba não vou a Ipanema
Não gosto de chuva nem gosto de sol..."

Há uma Lígia em minha vida! temos uma relação de amizade, de grandes, de muitas afinidades. Primeiro foi ser minha aluna e desde o primeiro dia nos tornamos verdadeiras amigas. E hoje ela se tornou também minha professora!!! Sim, aprendo costuras com ela, que é criativa, caprichosa, habilidosa... 

Com ela aprendi coisas diferentes que, aos poucos, vou mostrando por aqui. Montou um pequeno ateliê, também em sua casa, iniciando um projeto com confecções de enxovais -  jogos de lençóis, belíssimos, caprichadíssimos - coisas que aprendeu aqui comigo, mas com seu toque pessoal, delicado, de bom gosto. Incentivo-a dar aulas também, além do seu projeto. Em sua casa, em cada canto há um pouco da Lígia artista - mulher habilidosa, mulher virtuosa!

Foi com ela, em meu primeiro dia de aula, que aprendi a fazer essas tulipas. Já fiz um montão delas - na grande maioria com pequenos retalhos deixados pelas alunas. E dessa forma, há um pouco das alunas dentro de cada flor formando um grande buquê de pequenas lembranças.
Oh, Lígia... Lígia... como canta o poeta