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27 de dezembro de 2012

17 de dezembro de 2012

Donas de Casa Anônimas (não tão anônimas)

Hoje eu não vou falar dos paninhos, vou falar de mim. Vou falar, por exemplo, que fui escolhida para escrever um texto no blog Donas de Casa Anônimas, porque eu gosto de ser dona de casa. Lá eu falo que uma dona de casa pode se tornar independente financeiramente sem precisar sair de casa. Falo do meu trabalho, incentivando outras donas de casa a sair do anonimato.

E por falar em dona de casa, hoje fiz uma comidinha tão rápida, saudável, barata e gostosa, mesmo estando atolada em serviço, mesmo atendendo uma aluna a cada duas horas, pois tudo é organização, praticidade. Sou contra ficar horas na cozinha, horas no tanque, horas no ferro. Quero estar horas fazendo nada, horas conversando, horas lendo, horas passeando, horas costurando...

Escolho um dia na semana para fazer compras de geladeira (isso inclui verduras, legumes e carnes). Já saio de casa com o cardápio em mãos para a semana, pois só compro aquilo que determinei fazer na semana. Agindo dessa forma você economiza muito. Chego e já vou direto para a cozinha. Lavo as verduras de saladas, escorro e deixo num recipiente plástico, com tampa, na geladeira. 
Processo os temperos porque gosto de usar tempero feito em casa, natural, sem conservante. Processo alho e cebola suficientes para uns 5 dias.
Depois tempero as carnes. Coloco uma gota de óleo na panela de fundo lardo, selo a carne de um lado e outro. Transfiro para outro recipiente em plástico e levo à geladeira - com elas farei bifes que vou cortando aos poucos e grelhando apenas na hora de servir, como fazem em alguns restaurantes de carnes. Costumo comprar uma quantidade suficiente que dê para umas duas refeições, onde alterno com outras carnes. Se compro carne moída, refogo e guardo. Na hora de servir dou apenas uma reformulada, incluindo outros temperos - com isso prolongo a sua validade. Separo alguns legumes - suficientes para duas ou mais feições e cozinho no vapor - reservo também em recipientes e levo à geladeira. Com isso já se passou uma hora e já tenho refeições suficientes para vários dias. Lavo algumas frutas, seco e guardo em recipientes. Não sei em sua casa, mas na minha só comem frutas se estão lavadas, prontinhas para serem comidas. Os sucos são preparados na hora porque gosto de usar polpas congeladas ou limonadas. Espremer laranjas? não faço mais isso, pois cansei de carregar peso, pagar caro, espremer e no final constatar que estavam todas secas - uma dúzia de laranjas = 1 copo de suco. Sacanagem.

Faço tudo com medidas para que o arroz não fique papento, o café fraco... Para não ficar contando quantas medidas de arroz e água, fiz assim: de uma só vez encho esse "copo" de garrafa pet com a quantidade de xícaras de arroz que uso em casa preparo + outro "copo" com o dobro da água. Medi e cortei no tamanho certo. Um "copo" de arroz e outro de água, vapt-vupt e os ingredientes já estão na panela.
Geralmente utilizo a panela elétrica  que faz o arroz e cozinha os legumes ao mesmo tempo que tomo banho. Eu adoro esses japoneses que inventam tudo para a minha vida ficar mais fácil! Eu adoro japonês. Em São Paulo tem tantos, aqui não vejo nenhum! Por que será?

Hoje utilizei um bacalhau dessalgado que estava reservado na geladeira. Aprendi a dessalgar na panela de pressão com a Rosa. Na hora de servir, coloquei meia colher de manteiga na panela, uma xícara (café) de azeite e duas cebolas fatiadas. Refoguei a cebola, acrescentei um copo de leite, dissolvido em uma colher (sopa) de maizena. Cozinhei por uns 10 minutinhos para tirar o gosto da maizena e acrescentei o bacalhau. Transferi para porções individuais, polvilhado com bastante queijo parmesão. Na hora de servir esquentei no micro-ondas, rapidinho. E almocei assim:
E querem aprender mais com a Rosa, espia isso aqui: Delícias da Rosa, que já vou incluir o peixe na minha próxima lista de compras semanais. 

E olhe aí um guardanapo da época que ainda não dominava os cantos mitrados! fiz desfiadinho nas beiradas. Mas eu não disse que hoje não falaria dos paninhos?






9 de dezembro de 2012

As alunas...

Gosto delas. Gosto de todas. Elas me fazem um bem enorme e eu a elas. Dou aulas individuais, ficamos amigas íntimas, pois cada uma tem uma história de vida diferente. Trocamos confidências; às vezes rimos juntas, às vezes choramos. Procuro dar o melhor de mim. Vivo buscando novas ideias para ensinar, aperfeiçoando, simplificando a maneira mais prática e fácil de costurar. Invento esquemas, modifico moldes. Quando não sei procuro aprender em cursos, comprando peças prontas, buscando na net ou pedindo ajuda. Retirei muitos paps do blog com respeito a elas, mas continuo ajudando pessoas que eu nem conheço, pessoas que me escrevem pedindo ajuda, pessoas que nunca mais retornam (nem para agradecer). Algumas pessoas, no anonimato, revelam aquilo que são, gentis ou grosseiras. Não me importo. Ajudei. "Faça o bem e não olhe a quem" já dizia o ditado. Mas as alunas são reais - umas engraçadas, outras afobadas, algumas mais caladas, outras atrapalhadas - mas todas fazem parte da minha vida, da minha rotina.  

Sexta-feira passada, logo pela manhã,  veio a Michelly com as duas filhas. Geralmente é só o nenê que ela traz, mas naquela sexta estávamos em horário especial e veio a Melissa junto. Ela estava doida para conhecer o lugar onde a mamãe tanto fala e tanto gosta de estar. Espia só a carinha de contentamento quando dei a ela uma máquina de costura, de verdade, porque na casa dela o brinquedo só a mamãe pode mexer!

Quinta à tarde é a vez da Conceição - outra revelação! A Conceição é ótima, engraçada, espirituosa, disse que em uma semana sua vida mudou radicalmente: se matriculou no curso de costuras, comprou uma máquina, passou a frequentar lojas de tecidos e a ter olhos mais atentos e críticos quando se trata de costuras. As amigas já estão encomendando costuras e ela responde, engraçadamente: "pera lá, deixa eu aprender primeiro!" A cada trabalho pronto ela promete que os presentes de Natal vai ser aquela peça. Na próxima semana, a mesma conversa. E eu não sei se ela já se decidiu pela malinha de viagem, pelos estojos, pelos guardanapos, pelas toalhas, pelos jogos americanos... Ela é uma figura. Uma figura cheia de energias positivas. Adoro estar com ela. 

A Katia é só delicadeza, caprichooooooosa, faz tudo com muito cuidado, devagarzinho. Fico namorando seus tecidos e queria eles todos para mim!
A Karine, outra revelação! Fez, depois de uma breve explicação, dúzias de capas para seus suplats. Fez também os guardanapos para seu jantar de Natal,  vejam:

A Anne é uma empresária, bacanuda e resolveu aprender a costurar para relaxar. Logo no primeiro dia trouxe sua máquina ainda na caixa. Aprendemos juntas o seu manuseio. Para ela tudo novidade!

A Olga, outra empresária, uma banqueteira de mão cheia recém chegada de Portugal. É outra que se descobriu costureira!

A Adriana vem de longe. É super calminha, fala baixinho, é delicada, caprichosa. Uma ótima amiga!

A Flávia está aflita porque teve que faltar na última aula por causa do TCC. Está nos finalmentes de uma bolsa linda de morrer.

A Carla é uma personal trainer que atende a domicílio. Qualquer dia desses eu tomo coragem e marco umas aulas. Tô ficando magrinha, miúda. Preciso ganhar massa. Deve ser a idade. Os trabalhos da Carla são caprichados. O organizador de bolsa que fez ficou impecável, lindo. Pena que nem sempre eu tiro fotos.

A Juliana, uma Farmacêutica, mãe de outra menininha. Quer costurar vestidinhos e outras coisinhas para sua filhinha. 

A Laura é uma novata, mas já vi que a moça entende do riscado!

A Mariana e Rigléia terminaram o curso. A Mariana está de casamento marcado e a Rigléia está preparando um bazar de Natal.Quem quiser conferir veja aqui:


A todas essas mulheres maravilhosas que resolveram tornar suas vidas mais felizes, produtivas e criativas, o meu muito obrigada pela deliciosa companhia.

2 de dezembro de 2012

Transformando coisas

Comprei 4 fôrmas de pizza, dessas grandonas, entusiasmada achando que poderia me tornar uma pizzaiola doméstica, como fez a Dalva quando nos convidou para jantar. As dela são ótimas, igualzinhas das pizzarias paulistas. As minhas, um fiasco. Foi muito difícil conseguir esticar a massa o suficiente para cobrir a fôrma. Umas "rasgavam bem no centro e eu ia fazendo uns remendos. Ficaram feias, duras. O pior é que a estreia foi num jantar que ofereci aos pais do namorado da minha filha. Mas não perdi o rebolado por isso, a noite foi boa, conversamos, rimos, bebemos,  a sobremesa estava gostosa... 

... e eu fiquei com 4 enormes fôrmas de pizzas. O que fazer com elas? Roupas! 

E foram para a mesa,  as enxeridas, promovidas a suplat!



Fiz assim: cortei um círculo de tecido maior do que a circunferência da forma e apliquei um elástico na borda. Para saber o tamanho do elástico, divida a circunferência da borda por 4 e retire uma parte. Vá costurando e esticando o elástico até chegar no final.
Resolvi fazer "roupa" para 8 bandejas em melamina que usava como suplat. Se quero mudar o tema, mudo a roupa. Simples, não é?



Arrumei a mesa para fotografar e já que estava tudo arrumado, resolvi tomar um chá porque essa ideia merece um brinde!
Esclarecendo: A ideia de encapar o suplat foi sugestão de uma aluna, mas a ideia da forma foi minha.