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27 de fevereiro de 2014

Até tu, Brutus?

Sim, por súplicas da filha caçula que pedia um animalzinho há anos. Promessa é dívida!

E estou eu aqui, com essa criatura me vigiando o dia inteiro enquanto dou aulas de costuras. Ela passa quase todo o dia à espera da minha filha que só chega no final da tarde. Ela fica no terraço, ao lado da sala de costuras, brincado sozinha, tirando uma soneca... Entre uma aluna e outra vou lá, faço um carinho, troco a água de beber e volto para o meu posto e ela para o seu.
E quando a filha chega...
Ela corre para o colo, enrosca a cabecinha, pede carinho e parece dizer:
"Num falei que até a sua mãe ia gostar de mim?"
Mas na hora de dormir é só ordenar: vá para a sua caminha!

E em poucos minutos a bichinha dorme até o dia amanhecer nessa caminha que eu, marinheira de primeira viagem, improvisei.
Usei um percal 100% algodão, 200 fios que estava reservado para fazer novas fronhas para a filha mais velha. Tadinha.

Não sei até quando vai durar essa lua-de-mel!

20 de fevereiro de 2014

Cosette fatte a mano

Na semana passada postei uma bolsa que minha filha fez e dei uma rápida explicação, informando as medidas. Não me aprofundei nas explicações porque dou aulas de costuras e essa bolsa faz parte dos trabalhos que ensino aqui. Mas nunca imaginei que aquelas mínimas explicações seriam úteis para uma pessoa que mora tão longe daqui - além do oceano! 

Essa pessoa é a Kaire - uma brasileira que mora na Itália com sua família. Ela não só fez uma, mas várias! 

Vejam elas dobradinhas, etiquetadas, prontas para cair na mão (nos ombros) de outras...

 Achei todas lindas, lindíssimas. A tela do computador ficou embaçada... 

A de bolinhas...
... de corujinhas...
 ...com listras...

 E olhem a filhinha... Que fofa!!!
E não falei outro dia o quanto a costura modificou a minha vida? Atravesso oceanos, vou para lugares dos quais nunca fui, conheço gente, compartilho, divido, multiplico... Somo alegrias!

E para ver mais, conhecer como vive a Kaire, seu blog e tudo o que ela faz, acesse aqui

18 de fevereiro de 2014

Reformas de roupas

Para quem não sabe, trabalhar com reformas e consertos de roupas não é tarefa para quem só fez um curso básico de costuras, onde a proposta não foi essa. Reformar roupas exige conhecimentos que vão muito além de saber costurar um zíper, fazer uma barra, pregar um viés, fazer um avental, um joguinho americano, uma bolsinha... Quem não tem conhecimento de modelagem ou experiência em confecionar roupas não saberá reformar uma. Poderá até reformar a dela ou da família. 

Muitas pessoas me procuram dizendo querer aprender a costurar para abrir uma oficina de consertos. Não aconselho a abrir um negócio com essa dimensão. Já imaginou um cliente pedir para trocar o forro de um casaco, diminuir uma gola, alterar uma cava, incluir uma pense? 

Olhando o lado direito do blog você vai notar que o que ensino no curso são apenas roupas para vestir a sua casa!

Pois para vestir pessoas deixo àquelas que entendem bem do riscado.





15 de fevereiro de 2014

Que seja eterno enquanto dure

Já falei tanto aqui como a costura modificou a minha vida, tanto financeira quanto pessoal, pois são muitas as alegrias que esse ofício me proporciona. Uma delas é poder ensinar à filha caçula, que pretende cursar moda, a costurar suas próprias roupas e acessórios. Nunca cursei uma faculdade de moda e não sei se saber costurar é um requisito importante - imagino que sim. Acho que ficará mais fácil, desde o primeiro ano de faculdade, já por em prática o que irá aprender na teoria.

Fiz uma bolsa para incluir no curso, me inspirando em um modelo que minha filha comprou no bairro Liberdade em São Paulo. Como eu não tinha uma estampa bonita, fiz em brim liso mesmo, vermelho, com forro em tricoline e mostrei a ela. Examinou, revirou e deu o parecer: "ficou bonita, mas meio sem graça, ideal um tecido floral ou listrado. Eu poderia fazer algumas e vender às amigas no colégio, mas primeiro quero fazer uma para mim num tecido bem lindo" - tudo o  que ela usa as amigas querem também!

E fomos, nós duas, em plena manhã de sábado bater perna na Rua dos Goitacazes (BH) à procura desse tecido bem lindo. Parei na Jotalira, onde gosto de comprar, onde sempre encontro bons tecidos e vendedores atenciosos e competentes. Ela, toda segura de si, pegando os tecidos, esticando, virando, olhando, foi logo pedindo: "seu Brito, quero um metro desse linho aqui floral e um metro dessa tricoline para servir de forro. 

Paguei rapidinho, saí sem olhar para os lados, pois se olhasse, certamente pediria mais um metro desse, daquele...

Entramos no carro e a conversa no trajeto foi apenas o projeto da bolsa. Adoro essas conversas, ver minha filha empolgada e feliz!

Já em casa, sem mesmo molhar os tecidos,  como sempre oriento minhas alunas, foi logo metendo a tesoura. Ela praticamente fez tudo sozinha, pois sempre diz que a costura é dela - as minhas eu costuro! Então tá, né?

Aqui ela costurando a alça. Muito simples: cortou um retângulo de 30x70 e fechou a lateral. Desvirou pelo direito. O fecho são duas tiras, costuradas pelo avesso e desviradas. A bolsa é praticamente um saco com 70 de largura x 45 de altura (1.40 total). O forro tem as mesmas medidas. Para que esse "saco" fique com o fundo em formato quadrado (caixa de leite), basta cortar os dois cantos 8 x 8, fechar os bicos e cortar o excesso de tecido.
Em poucos minutos a bolsa estaria pronta. Nessas horas ela gosta de ficar à vontade, descalça, cabelo preso num coque, concentrada, não conversa, nem pisca. Não é uma fofa essa filha? 
Depois do forro pronto foi só introduzir as alças às laterais e as duas tiras no centro, "vestir uma dentro da outra, costurar pela boca, desvirar para o direito, passar a ferro e finalizar com um pesponto na borda, deixando aparecer o tecido na cor rosa antigo do forro. 

Depois de pronta, colocou as coisas dentro da bolsa, ajeitou a saia, (que também ela mesma fez nas férias), conectou seu i-pod e lá fomos eu, ela e o marido almoçar fora, mas sei que o único pretexto era mostrar a sua cria, orgulhosa: Feita por mim.
Aqui mostro melhor:
E aqui a bolsa piloto feita em brim:
Recentemente troquei a cor dos tecidos das cadeiras do terraço. Cansei do tecido azul listrado, não combinava com o meu momento verde erva-doce, verde limão. Acho que por isso me identifico tanto com a costura, pois num vapt-vupt mudo tudo. Não gosto de nada trabalhoso, mandar fazer fora, esperar orçamento, instalação. Nada para sempre....
... mas que seja eterno enquanto dure.

8 de fevereiro de 2014

Levando um "bolo" e fazendo outro bolo (de bananas)

A semana foi intensa, tantas novas alunas... conheci muita gente simpática, descobri muitas afinidades, conheci muitas histórias de vida - tristes e felizes.

Mas...

Se alguém, mesmo que já tenha confirmado presença, resolva não aparecer no primeiro dia, acabo ficando no prejuízo, pois não peço depósito em conta antes do início do curso para garantir a vaga como nos demais cursos - acredito na palavra das meninas. Tenho prejuízo - este é o preço por acreditar nas pessoas. Meu marido sugere que aumente o valor da mensalidade já incluindo essas perdas como faz o comércio. Não acho certo os justos pagarem pelos outros.

A chegada da aluna é esperada com carinho, com paninhos de treino separados, o material da Primeira Costura reservado, personalizado. Não fico na parte de baixo cuidando da casa, lavando roupa ou temperando o feijão enquanto espero. Não fico com a vassoura na mão, com pano na cabeça e com aquela desculpa que, se chegar chegou. Fico lá sentada, esperando o interfone tocar, prontinha para receber. Há 3 anos que dou aulas e essa foi apenas a primeira vez que aconteceu dessa forma, sem avisar - algumas avisam um dia antes, mas avisam. Mas me deixar aqui feito uma tola, esperando?  Sinceramente, acho a maior grosseria. O meu consolo foi que todas, TODAS vieram em seus horários marcados, sem nunca ter me visto antes, pagaram a mensalidade no primeiro dia, conforme o combinado. Chegaram felizes, cheias de sonhos, de projetos, com vontade mesmo de mudar de vida, de aprender um hobby, de completar a renda familiar vendendo suas costuras como já fazem tantas alunas. Mantenho minha filha morando e estudando em São Paulo com o dinheiro das aulas. Portanto, levo a sério meu trabalho, assumindo compromissos. Quando agendo as aulas - que são individuais - deixo de agendar para outras.

Mas como não sou mulher de perder tempo, já que a "candidata" não deu o ar da graça (da sem graça), tratei logo de procurar outras felicidades até o horário da próxima aluna. Encontrei a minha felicidade na cozinha, assando um bolo (já que levei um), substituindo o desagradável pelo útil.

Fiz um bolo de bananas - receita de uma ex-aluna muito querida - já que tinha apenas 3 bananas bem maduras, precisando dar lugar a outras.

Comecei preparando a forma, passando manteiga no papel manteiga e colocando na forma . Gosto de usar papel manteiga para forrar. Eesse tipo de massa cai bem nessas formas de bolo inglês.
Quando você usa o papel manteiga, fica fácil desenformar, pois é só puxar o papel e o bolo sai certinho, bonito... 
No liquidificador bati 2 ovos inteiros, as 3 bananas maduras. Usei nanica (caturra aqui em minas), mas a receita pede prata; 1/2 xícara (chá) de óleo, 1/3 de xícara (chá) de leite e uma colher (chá) de essência de baunilha
Numa vasilha peneirei:
1 xícara (chá) de farinha de trigo integral (mas pode substituir pela comum - já fiz assim)
1 xícara (chá) de farinha de trigo comum
1 xícara (chá) de açúcar mascavo (também pode substituir pelo comum - já fiz assim)
1 xícara (chá) de açúcar comum (refinado ou cristal)
1 colher (chá) de canela em pó (opcional)
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio (não usa fermento, é bicarbonato mesmo)

Por cima dos ingredientes peneirados joguei a mistura do liquidificador e +  1/2 xícara (chá) de uva-passas (opcional)  uma colher (chá) de canela em pó (opcional)
Misturei tudo
Coloquei na forma e levei ao forno pré-aquecido (uns 45 minutos).


joguinho americano dupla face + guardanapo de canto mitrado (Minha Primeira Costura). Pintura em porcelana (by Helena Compagno) \o/
Ótimo para presentear no Natal, na Páscoa. Coloque em saquinhos transparentes, inclua um cartãozinho ou uma etiqueta. Também ótimo para vender, pois requer poucos ingredientes e o lucro é certo. 

Ofereça na porta da escola dos filhos, na igreja, ou mesmo no farol. Não tenha vergonha. Comecei ganhando dinheiro com minhas costuras dessa forma, oferecendo os vestidinhos que fazia na porta da escola das filhas quando morei em São José dos Campos. Vergonha é dar um "bolo" em alguém. Que feio...
Esclarecendo: ano passado essa mesma moça agendou aulas e um dia antes mandou mensagem dizendo que não viria porque teve problemas financeiros. 

5 de fevereiro de 2014

Nasce uma estrela


D. Carlotinha - Decoração Moda Casa. 
Essa foi a marca que escolheu a Luciana, uma ex-aluna, para suas costuras que já fazem sucesso por aí. Confira aqui para ver mais: https://www.facebook.com/D.carlotinha


A Luciana foi dessas alunas entusiasmadas desde o início - e não perdeu o pique e nem o contato, pois sempre que pode a gente se encontra para costurar e tomar um café junto com outras ex-alunas.

E você que foi minha aluna, anda sumida por quê? Costuramos juntas, trocamos confidências, dividimos angústias, rimos e choramos juntas tantas vezes. Apareça!