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14 de outubro de 2019

Eu vivi!

Convidei 11 amigas para tomar um café aqui em casa na última sexta-feira. Quando o marido me viu preparando um mimo para cada uma, perguntou se não era muita gente. A minha vontade era convidar mais, mas sinto que nem todas parecem curtir esses encontros - algumas eu sinto que se sentem na obrigação de retribuir. Não convido esperando retribuição, pois faço pelo prazer de estarmos juntas. Faço porque adoro. Convido pessoas que sei que gostam de estar na companhia dessas grandes mulheres que tenho a honra de tê-las como amigas. Com exceção de apenas uma, todas conheci aqui no curso de costuras - todas já foram minhas alunas. E isso não é maravilhoso? Tudo isso a costura aqui nos proporciona.

Naquele dia, três delas não puderam vir. E como só tenho amigas educadas, avisaram com antecedência que não poderiam comparecer. Acho isso tão elegante! Pois não há nada mais grosseiro do que você convidar alguém com tanto gosto e consideração e a pessoa fazer pouco caso, não comparecer e não justificar o motivo. 

Eu amo gente educada, gentil e elegante (elegante em atitudes). Por isso adoro abrir minha casa e meu coração para pessoas assim tão especiais.
A Flávia mora na Pampulha, bem distante, foi a primeira a chegar e me ajudou a passar o café e vigiar o leite. Super gentil, educada, lindinha. Tem idade para ser minha filha! Uma querida que amo muito!
Sou uma pessoa muito detalhista, gosto de deixar tudo pronto com antecedência - até a mesa já deixo posta um dia antes.
Montei outra mesa para 3 lugares que está na foto anterior. Em cada lugar deixei um mimo com o nome de cada uma, coisinha simples, fácil de fazer, de baixo custo e que tanto agrada.
Quem me lê aqui deve pensar (sim, eu sei que passo essa impressão): "nossa, que pessoa convencida que só fala eu fiz, eu fiz..." Mas sabe por que faço isso? para incentivar pessoas que acham tudo difícil, que gostaria de fazer algo, mas acha que não são capazes. Faça! Eu faço! Você faz!!!

Então, voltando ao meu "eu"...

Um dia antes fiz pão de batata; preparei a massa do pão de queijo; fiz requeijão caseiro com ervas; bolo de banana com aveia e castanhas; bolo de iogurte com canela e sanduichinhos de pão de leite ninho com frios, tomate e alface. Servi sucos, chá, café, leite, refrigerante e água. Montei os sanduichinhos pela manhã e, para não ficarem ressecados, embrulhei num pano de prato úmido e levei à geladeira. O pão de batata, já fatiado, guardei em sacos plásticos, bem como os bolos, pois  não existe nada mais constrangedor do que a visita chegar e encontrá-la ainda sem se arrumar, correndo pra baixo e pra cima, feito louca e descabelada. Já vivi momentos assim no início do casamento. Nem quero lembrar. Stress total! 

O ambiente encontrava-se assim antes da chegada. Eu fico super feliz com esses encontros. Faço com a maior alegria e disposição. E quando penso em voltar a morar em São Paulo, onde já nem tenho mais tantas amigas como no passado, onde não tenho mais meus pais, nem meus sogros e nem  alguns irmãos, chego a sentir um pouco de melancolia. Já sinto saudade daqui. Acho que não quero mais voltar. Belo Horizonte se tornou, nos últimos anos, a minha casa, o meu lugar. "agora sou do ouro, eu sou vocês, sou do mundo, sou Minas Gerais!"
E aí elas foram chegando, a nossa cachorrinha fica enlouquecida, sobe e desce as escadas feito uma bala a cada tocada de interfone.

Vamos às apresentações: A Jú (de óculos), outra pessoa que amo demais, me enche de presentes, para mim e para minha casa. Nos tornamos grandes amigas, daquelas que é capaz de largar tudo para vir lhe oferecer o ombro, sabe como é? A Lígia (gaúcha), outra grade amiga, que mora aqui pertinho e sempre estamos juntas, com ela não tem tempo feio, arregaça as mangas e mete a mão na massa, como todo gaúcho que conheço. A Adriana, faz lindos colares e sempre ganho um (eba), fez aulas aqui durante muito tempo. Sei tanto dela, ela sabe tanto de mim, temos o mesmo temperamento, mas somos tão gente fina! 
E o interfone volta a tocar. Chega a Andreia, carioca, também mora aqui pertinho. Recentemente fez curso de encadernação (não comigo, pois só sei fazer caixas). Ah, cada mimo que ganho, cada caderninho fofo...  A Helga, nossa, já falei tanto dela. Já falei tanto que quero ser igual a ela! É a única que não foi minha aluna, mas a filha dela, a Katja sim! Aliás, o nosso grupo de amigas da costura começou com a Katja! A Helenice é a única que ainda não está nessa foto porque chegou mais tarde por conta do trânsito que ficou "agarrada". Mineiro vive "agarrado", paulista engarrafado! Ela foi professora de geografia da minha filha mais velha. Temos opniões opostas com relação à política, partidos, ideologias. Vixi, nem gosto de misturar as coisas, pois ela é tão querida, tão especial. Acho que o único "defeito" dela mesmo é esse! Ai, ui, falei. 
Antes de sentar à mesa, conversamos...
A forma de servir foi assim: o serviço de chá e café já estava disposto em cada lugar reservado com o nome, cada uma levantava e se servia da mesa onde organizei os comes e bebes... Hei, estão vendo aquele vaso com flor laranja e azul? uns dias antes veio a Raquel com a irmã almoçar comigo e me trouxeram esses mimos lindos que tanto amei, feito por elas! Tão queridas e especiais...
A foto acima foi depois que já havíamos nos servido. Quase sempre esqueço de fotografar o antes. Ela estava tão farta...
E a cachorrinha atenta a tudo. À noite nem dei ração. Olhei de canto de olho que cada uma dava um pedacinho de alguma coisa para ela comer. "Tadinha, tá olhando tanto..." Ah, tá eu também já olhei tanto, e nem por isso ganhava um pedacinho! Sou da época que homem bonito era considerado "um pão"
 Precisava de uma foto junto, né?
Rindo dos causos da Ju, tão engraçada... O colar azul ganhei da Adriana!
Organizei cantinhos acolhedores, enfeitei com flores...
Ganhei flores!!!! (além dos tantos outros presentes). Da Flávia ganhei o delicioso home-spray aroma folhas secas que só ela sabe o ponto. O perfume é maravilhoso, borrifo pelos cantinhos, no hall do prédio... memórias olfativas que o coração registra. Memórias de dias felizes.  Da Ju, uma capa para o fogão, além de anel.. e o que mais, mesmo? Ah, esqueci. Da Lígia sabonetes perfumados para o lavabo. Da Adriana, o colar azul que já foi para uso. Da Helga uma receita emoldurada, coisa mais linda! Da Andreia, os fofos caderninhos. Da Helenice (como somos mulheres viajadas), fez uma capa para minha mala. Quero ver alguém arrentar minha bagagem! E da Katja, flores, pois ela sabe o quanto gosto de flores de corte, dessas que você coloca nos jarros com água, assim:
E você? já pensou aprender um hobby e fazer novos amigos? e viver um dia assim tão feliz? Eu vivi!